TRILHOS DO TEMPO
Emiliano Pordeus
Os automóveis que passam por ti
E as pessoas num vai e vem
Pelo asfalto ou cruzando seus trilhos
É tanto pinto no lixo
É tanto zé ninguém
Lá na igreja, no alto da torre
Nem mais um trem passa na estação
De um passado ora esquecido
Até parece que se foi no último vagão
Agora eu tenho tanta coisa pra contar
Das estórias que a gente não vai apagar
De um velho tempo
Que ninguém nunca escreveu
Das velhas memórias
Que não disseram adeus
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