Polvere
Piano americano
e sfioro il tavolo con una mano.
Pomeriggio strano,
e un desiderio che è fuggito lontano.
Polvere, gran confusione, un grigio salone,
in quale direzione io caccerò la
polvere dai miei pensieri? E quanti misteri
coi pochi poteri che la mia condizione mi dà.
Aria un po' viziata,
quella finestra andrebbe spalancata.
Tela rovinata,
e la cornice tutta consumata.
Polvere, troppi ricordi, è meglio esser sordi
e forse è già tardi per togliere la
polvere dagli ingranaggi, dai volti dei saggi
coi pochi vantaggi che la mia condizione mi dà.
Non mi cercare, ché non mi riconoscerai
Poeira
Piano americano
E toco a mesa com uma mão.
Tarde estranha,
E um desejo que fugiu longe.
Poeira, uma grande confusão, um salão cinza,
Em qual direção eu vou tirar a
poeira dos meus pensamentos? E quantos mistérios
Com os poucos poderes que minha condição me dá.
Ar puro, mas meio viciado,
Aquela janela precisa ser aberta.
Tela estragada,
E a moldura toda desgastada.
Poeira, muitas lembranças, é melhor ficar surdo
E talvez já seja tarde para tirar a
poeira dos engrenagens, dos rostos dos sábios
Com os poucos benefícios que minha condição me dá.
Não me procure, pois não vai me reconhecer.
Composição: Enrico Ruggeri / Luigi Schiavone