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Oficio de Peão

Érlon Péricles

Letra

    Botando corda, recorrendo as invernadas,
    Vida de estância, pelo sul deste pais,
    Eu ganho a vida sobre o lombo do cavalo
    E vejo o mundo com meus olhos de aprendiz.

    É seca braba, é chuva forte, é geada fria,
    Sem desespero, salto cedo e não me entrego,
    Aprendi moço que o serviço é garantia
    E não tem nada, meto a cara e bamo a ferro.

    Truco de mano, uma de canha, um pito aceso,
    Uma cordeona retossando uma vaneira.
    Um mate novo numa roda com a peonada
    E a patacoada numa cancha de carreira.

    "vida campeira, que lida buena,
    Um cerne forte no rio grande é tradição
    Eu me defendo atracando de mansinho
    Eu me destaco neste oficio de peão!"

    E vez em quando uma saudade pede vaza
    Cutuca a mágoa e a tristeza me atropela,
    Mas não me assusta a solidão rondando o rancho
    Pois no domingo sei que vou matear com ela!

    Um laço forte, arreio bueno e o meu tostado,
    Emparcerado nesse sonho que me guia.
    Sofreno as ânsias, esporeio as incertezas,
    Alma e querência sempre estão em sintonia.

    Velha fronteira, devoção da minha gente,
    Salto na frente e não refugo cara feia...
    Patria gaúcha, sentimento que me guarda,
    Quem se garante nunca foge da peleia!


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