
Tragicomedia
Estopa
Tragicomedia
Tragicomedia
Eu que moro na luaYo que vivo en la luna
Quero te dar meu grãozinho de areiaQuiero darte mi granito de arena
Tu moras numa lagoaTú vives en una laguna
Da noite prisioneiraDe la noche prisionera
De risos inoportunosDe risas inoportunas
Choros que valem a penaLlantos que valen la pena
Cadeiras de amargurasCárceles de amargura
Palavras que são cadeiasPalabras que son cadenas
Por quê não cumpres¿Por qué no cumples
Teu condena de noites em vela?Tu condena de noches en vela?
Que eu sou teu cadeiraQue yo soy tu trena
Se tu és meu novelaSi tú eres mi novela
Eu sou teu tragicomédiaYo soy tu tragicomedia
Me sobes como a espumaMe subes como la espuma
Eu baixo por teus cadeirasYo bajo por tus caderas
Se me sobes na luaSi me subes a la luna
Verás uma lua cheiaVerás una luna llena
E teus olhos me olharamY tus ojos me miraron
E a lua caiu do céuY la luna se cayó del cielo
E teus palavras me falaramY tus palabras me hablaron
Embora ultimamente não te entendoAunque últimamente no te entiendo
Mas fico tão malPero me pongo tan malo
Sempre que me roça teu peloCada vez que me roza tu pelo
Quase como um bicho raroCasi como un bicho raro
Uma espécie nova de insetoUna especie nueva de insecto
Que não, que não, que nãoQue no, que no, que no
Por isso pensa que sou um sonoPor eso piensa que soy un sueño
Sonha que pensoSueña que pienso
Mande-me um beijoMandame un beso
Chama-me um dia dessesLlámame un día de estos
Estou a metros e sem coberturaEstoy en el metro sin cobertura
E parado na sua esquinaY en la parada de tu cintura
Alegra-me esta figura tristeY alégrame esta triste figura
Conta-me um conta, dai-me loucuraCuéntame un cuento, dame locura
Porque senão logo eu o inventareiPorque si no luego me lo invento
Porém fico tão tristePero me pongo tan malo
Cada vez que roça teu cabeloCada vez que me roza tu pelo
Quase como um bicho raroCasi como un bicho raro
Uma especie nova de insetoUna especie nueva de insecto
Que não, que não, que nãoQue no, que no, que no
E se tenho que morrerY si tengo que morirme
Que eu morra na primaveiraQue me muera en primavera
Para poder deixar raízesPa poder echar raices
E viver sempre a tua esperaY vivir siempre a tu vera
E se tens que partirY si tienes que marcharte
Leva-me em sua malaLlévame en una maleta
Eu prometo não pesarYo prometo no pesarte
Você procurará não perde-laTu procura no perderla
Teus olhos me olharãoY tus ojos me miraron
Tuas palavras falarão para mimY tus palabras me hablaron
Porém fico tão tristePero me pongo tan malo
Quase como um bicho raroCasi como un bicho raro
Que não, que nãoQue no, que no
Por isso pensa que sou um sonhoPor eso piensa que soy un sueño
Manda-me um beijoMándame un beso
Estou a metrosEstoy en el metro
E parado na sua esquinaY en la parada de tu cintura
Conta-meCuéntame
Porque assim chegoPorque si no luego



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