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Atavhisteria

Eths

Atavhystérie

Papa nous emmèneras là où tu couches
Papa nous emmènera là où tu pousses
Papa nous emmènera là où tu souffres
Pars pas sans moi, antimoral ne m’oublie pas
Ne m’efface pas, dormir à côté de toi, pardonne-moi
(Aliénée, l’aliment des sangs, l’imbuvable embryon)
(Lutéale, ton cœur te fait souffrir, va défaillir)

Alitée, maintiens le plafond, le broyeur
Alésée, consultée, l’amas de corps à l’intérieur
Allaiter l’immangeable avorton, l’alléger de bonheur
Annihiler le désir d’enfant revient souvent
Annuler l’accouchée déjà maman
L’éternel orage

Intemporelle visite de ta chambre vide, je t’aime, je t’aime tout reste vide
Intemporelle visite de ta chambre vide, je t’aime, je t’aime tu restes vide
Aliénée, l’aliment des sangs, l’imbuvable embryon vomit du vent
Corps axial veut des rêves axéniques avoués
Maladie chronique
Miroir hystérique
Malade hystérique

L’oocyte aussitôt couvé je ne me souviens plus
Maladie chronique, miroir hystérique)
L’endémie fœtale rythmée, donnée par ses flux
(Malade hystérique, mirage axénique, maladie chronique)
Et l’étrange souffrance fore nos cœurs de rechute
(Miroir hystérique, malaise endémique, maladie chronique)
L’atavale obsession les dérange, l’abnégation perdure
(Mirage axénique miroir hystérique malade hystérique)

Ton mal est le mien, je te l’ai acheté de moitié pour que tu souffres moins
Cette peur de vivre nous punit dans l’imaginaire
Leurrant la peur de l’autre, souvent l’ennui profond nous terre
D’une naissance arrive la mort alors tu vois mourir, mourir
Alors tu vois, mourir ne s’apprend pas

Atavhisteria

Papai nos levará onde você dorme
Papai nos levará onde você atira
Papai nos levará onde você sofre
Não saia sem mim, imoral, não me esqueça
Não me apague, dormirei perto de você, me perdoe
(Alienada, o alimento do sangue, o embrião intragável)
(Lútea, o teu coração te faz sofrer, ele falhará)

Acamada, segurando o teto, o triturador
Estagnada, consultada, a pilha de corpos no interior
Amamente o aborto não comestível, livre-o da felicidade
Aniquile os desejos das crianças várias vezes
Anule aquela que deu à luz já sendo mãe
A tormenta eterna

Atemporal visita ao teu quarto vazio, eu te amo, eu te amo, tudo permanece vazio
Atemporal visita ao teu quarto vazio, eu te amo, eu te amo, você permanece vazia
Alienada, o alimento dos sangues, o embrião intragável vomita ar
Corpo axial quer sonhos axênicos confessados
Doença crônica
Espelho histérico
Doença histérica

O ovócito imediatamente incubado, eu não me lembro mais
(Doença crônica, espelho histérico)
A endemia fetal ritmada, dada por seus fluxos
(Doença histérica, miragem axênica, doença crônica)
E o estranho sofrimento forra nosso coração de recaídas
(Espelho histérico, indisposição endêmica, doença crônica)
A atávica obsessão os perturba, a abnegação perdura
(Miragem axênica, espelho histérico, mal-estar histérico)

Seu mal é meu, eu peguei a metade para que você sofra menos
Este medo de viver nos pune no imaginário
Atraindo o medo dos outros, muitas vezes o aborrecimento profundo nos enterra
De um nascimento chega a morte então você vê morrer, morrer
Então você vê, morrer não se aprende

Composição: Candice Clot / Staif Bihl