Ironia

Eu nasci em 95, mas eu não entendo bem
O tempo não tem sido exatamente bom pra mim
Geração calcada nos ideais de amor
Mas sua liquidez é a imensidão do fim

Mais do que ninguém, sabe que isso é irracional
Não consigo imaginar de forma ideal
De todas as drogas existentes nessa vida
Com certeza essa sempre foi a mais letal

Julgado pela cor e pela forma de amar
Culpado, por toda dor que eu vim a causar
Se tentar ser feliz, vai te deixar infeliz
eu prefiro que vá pro inferno e que guarde o meu lugar

Eu quero que se foda o seu pensamento vil
Essa sua forma de terrorismo infantil
Suas ladainhas nunca levarão a nada
Quando eu lhe falei você nem sequer ouviu

Mas me diz o que é o amor
Nessa imensa escuridão
Doença que corrói
De dentro para fora
E que arrasta os bons homens
Para sua perdição

Mas me diz o que é o amor
Nessa imensa escuridão
Doença que corrói
De dentro para fora
E que arrasta os bons homens
Para sua perdição

Sentimento substancial
Regado a decepções e diversos mistérios
Um ferimento existencial, sobrenatural
fruto de uma consciência cicatrizada a ferro

Suas artimanhas não me prendem mais
Por quantas madrugadas eu atravessei o inferno
A sedução é uma inimiga sagaz
São definições demais para descrever em versos

Eu já tentei de tudo pra te entender
Mas mesmo assim eu não consigo compreender
Minhas indagações, são meros reflexos
Me diz até onde eu posso conhecer

Eu já tentei de tudo pra te entender
E mesmo assim eu não consigo compreender
O seu alcance é algo além do raciocínio
E a ironia disso tudo é eu não saber

Mas me diz o que é o amor
Nessa imensa escuridão
Doença que corrói
De dentro para fora
E que arrasta os bons homens
Para sua perdição

Mas me diz o que é o amor
Nessa imensa escuridão
Doença que corrói
De dentro para fora
E que arrasta os bons homens
Para sua perdição