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LetraSignificado

    Te passo a visão tipo um oftalmo
    Fazer rap irmão, é tipo ler um salmo
    As vezes te salvo dos sete palmos
    Longe do auge

    Olha que já fiz uns sete álbuns
    Marinheiro bom nunca se faz em mares calmos
    Um amor também pode virar um grande trauma
    É meu karma tipo o cebolinha troca o R pelo L
    Pra fazer com alma, não com arma
    Nada do que eu trago reencarna
    Por isso que não trago nada

    Além de papel e palavras que valem mais que carpas
    Eu juro que eu morri mas não vi anjos ali tocando harpas
    Só vi o tridente na minha frente com uma capa
    Quantos presos nessa escuridão querendo saber como escapa
    Meu caderno é minha saída do inferno
    Tô escrevendo pra ver se eu acho a cópia desse mapa

    Me sinto como Cristo no dia da ressurreição
    Como buda buscando a iluminação
    O barato é louco, o processo é lento
    Eu também já quis o topo
    Mas a jornada né pra cima é pra dentro
    Lembro do vale das sombras
    Já estive no fundo do fundo
    Hoje eu tô na superfície, te disse
    Tive que descer pra matar o tubarão que queria me comer
    Antes que ele subisse
    Dentro de cada alma existe um bueiro
    Que evitamos mexer pra não ter que sentir o cheiro
    Meus únicos companheiros que sabem os meus podres por inteiro
    São minha privada e o meu travesseiro

    Quando escrevo eu saboto a morte
    Já não tenho medo de morrer
    A morte nunca vai me encontrar
    Enquanto eu não parar de escrever
    Quando escrevo me sinto mais forte
    Parece que até Deus parou pra ler
    A morte nunca vai me encontrar
    Enquanto eu não parar de escrever

    Errou quem disse que meu nível é médio, não
    Meu nível é médium, eu falo por intermédio
    Mas toma cuidado porque o último João que pensou que era Deus
    Foi preso por assédio

    É sério, poder te deixa cego
    Mas quando canto enxergo mil léguas tipo Stevie Wonder
    O ego te desmonta igual lego mas não tem Super Bonder
    E você esteve onde quando eu estive longe?
    Que eu não te vi e agora quer colar com meu bonde
    Tô nem aí

    Toma pra você meu dedo médio
    Não te trago remédio porque eu não sou médico
    A poesia é minha mãe e eu tenho o complexo de édipo
    Um crente cético, tem dias que eu penso assim
    Como crer em Deus se eu não creio nem em mim
    Mas tem dias que eu tenho tanta fé

    Que quando eu canto é como se um santo se ajoelhasse no meu pé
    O que uma parte de mim duvida, a outra caneta
    Quando uma me esvazia a outra me completa
    Busco a medida certa da minha contradição
    Minha razão me fez filósofo
    Meu coração me fez poeta

    Quando escrevo eu saboto a morte
    Já não tenho medo de morrer
    A morte nunca vai me encontrar
    Enquanto eu não parar de escrever

    Quando escrevo me sinto mais forte
    Parece que até Deus parou pra ler
    A morte nunca vai me encontrar
    Enquanto eu não parar de escrever


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