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Lamento de Um Peão Posteiro

Fabio Soares

Letra

    Quando as sangas dos olhos inundam
    Por tormentas que chegam de surpresa
    No peito se agranda a tristeza
    E ficam marcas que as horas não curam
    Que as horas não curam

    A noite da vida cai mais cedo
    E os mates com jujos de solidão
    São cevados neste galpão
    Onde só restam segredos

    Aqui na estância que vivo
    Já não conheço mais nada
    A não ser a velha estrada
    E a fé que nela cultivo

    Pois o amanhã não se sabe
    E é forte dentro de mim
    A gana de chegar ao fim
    Antes que meu céu desabe

    Enquanto meus olhos estão inundados
    Pelas mágoas que afligem os meus dias
    Vou remoendo nostalgias
    E anseios que trago, em meu peito, guardados

    E nisso o tempo se acalma
    No céu já brilha o luzeiro
    Mas eu continuo caseiro
    Proseando com a própria alma

    Um vento sopra levando as saudades
    E também tantas desilusões
    Só ficam as recordações
    E esta minha louca ansiedade

    Pois o amanhã que eu espero
    É só o que me convém
    E, além de mim, mais ninguém
    Vai me levar onde eu quero


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