
Recitativo (Due Invocazioni E Un Atto D´accusa
Fabrizio De André
Recitativo (Duas Invocações E Um Ato De Acusação)
Recitativo (Due Invocazioni E Un Atto D´accusa
Homens sem erros, semideusesUomini senza fallo, semidei
Que viveis em castelos prateadosChe vivete in castelli inargentati
Que de glória tocastes os apogeusChe di gloria toccaste gli apogei
Nós que invocamos piedade somos os drogadosNoi che invochiam pietà siamo I drogati
Dos inumanos cruzando a fronteiraDell'inumano varcando il confine
Conhecemos de antemão a carcaçaConoscemmo anzitempo la carogna
Que em cada sonho põe fimChe ad ogni ambito sogno mette fine
Que a piedade não vos seja uma vergonhaChe la pietà non vi sia di vergogna
Havia um rei que tinhaC'era un re che aveva
Dois castelosDue castelli
Um de prata, um de ouroUno d'argento uno d'oro
Mas para ele nem mesmo o coraçãoMa per lui non il cuore
De um amigoDi un amico
Nunca um amor, nem felicidadeMai un amore nè felicità
Banqueiros, quitandeiros, notáriosBanchieri, pizzicagnoli, notai
Com os ventres obesos e as mãos suadasCoi ventri obesi e le mani sudate
Com os corações em forma de cofresCoi cuori a forma di salvadanai
Nós que invocamos piedade fomos enganadosNoi che invochiam pietà fummo traviate
Navegamos em frágeis nausNavigammo su fragili vascelli
Para enfrentar a tempestade do mundoPer affrontar del mondo la burrasca
E tínhamos os olhos muito belosEd avevamo gli occhi troppo belli
Que a piedade não vos reste nos bolsosChe la pietà non vi rimanga in tasca
Juízes eleitos, homens da leiGiudici eletti, uomini di legge
Nós que dançamos nos vossos sonhos aindaNoi che danziam nei vostri sogni ancora
Somos o humano rebanho desoladoSiamo l'umano desolato gregge
De quem morreu com um nó na gargantaDi chi morì con il nodo alla gola
Quantos inocentes em horrenda agoniaQuanti innocenti all'orrenda agonia
Votastes decidindo na sorteVotaste decidendone la sorte
E quando justa pensais que éE quanto giusta pensate che sia
Uma sentença que decreta morte?Una sentenza che decreta morte?
Um castelo presenteouUn castello lo donò
E centenas e centenas de amigos encontrouE cento e cento amici trovò
O outro, depoisL'altro poi
Portou-lhe mil amoresGli portò mille amori
Mas não encontrou a felicidadeMa non trovò la felicità
Homens cuja piedade não convém sempreUomini cui pietà non convien sempre
Mal aceitando o destino comumMale accettando il destino comune
Ides, nas noites de novembroAndate, nelle sere di novembre
Espiais as estrelas sob a luz fracaA spiar delle stelle al fioco lume
A morte e o vento, no meios dos cemitériosLa morte e il vento, in mezzo ai camposanti
Mover as tumbas e pôr-lhe próximasMuover le tombe e metterle vicine
Como se fossem teces gigantesCome fossero tessere giganti
De um domínio que não terá nunca fimDi un domino che non avrà mai fine
Homens, que no último minutoUomini, poiché all'ultimo minuto
Não vos aborde o remorso agora tardioNon vi assalga il rimorso ormai tardivo
Para não ter piedade nunca tidaPer non aver pietà giammai avuto
E não tornes pesada a respiraçãoE non diventi rantolo il respiro
Saibais que a morte vos observaSappiate che la morte vi sorveglia
Regozijar nos campos ou entre os muros de calGioir nei prati o fra I muri di calce
Como cresce o grande olhar do vilãoCome crescere il gran guarda il villano
Até que esteja maduro para a foiceFinché non sia maturo per la falce
Não procures a felicidadeNon cercare la felicità
Em todos aqueles queIn tutti quelli a cui tu
PresenteasteHai donato
Para ter uma compensaçãoPer avere un compenso
Mas somente em tiMa solo in te
No teu coraçãoNel tuo cuore
Se tiveres presenteadoSe tu avrai donato
Somente piedadeSolo per pietà



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