Vila Dos Loucos

Sessão de descarrego de um espírito bandido
Que falou pá caralho e nunca foi compreendido
Nas mazelas da dor nas garras de morto vivo
Rindo pra caraio memo estando fudido

E eu fui crescendo assim fazendo da minha história
Alerta pra mulekada que a vida é contraditória
Que os espinho são brinde quando se tem uma rosa
Que malandro não é malandro se de malandro poza

Da lama eu vim, não vou voltar
A nossa história, eu vim mudar
Se tiver vida, eu vou cantar
E se tem sangue eu vim vingar

Coração vazio na mente só desacerto
Tudo que eu vivo ultimamente é passageiro
Me vejo perdido só tenho passado aperto
Tipo um lobo solitario em meio ao nevoeiro

E tá de boa, seus pau no cu
Sou de mg vila dos loko
Nóis não tem shopping nem drive-dru
Chicote estrala e não é pouco

Mão na cabeça, cadê a arma?
Se for minha mente, tá destravada
Não tô brincando em, eu também não
Se palavra é tiro eu tenho muita munição

Gosto ardente e quente, tipo um inferno
Ladrão de toca também ladrão de terno
De tudo um pouco, só observo
Vivo num mundo que eu não quero

Vida que segue, nóis adapta
Camaleão vai camuflar
Banhoo sangue, sou dos leão
Daqueles que sangra, pra não sangrar

E deixa nóis, que tá tranquilo
Nóis só precisa, é de nóis memo
Ela não sabe, eu sou o perigo
E peixe grande tá me querendo

Fora de mim, já faz uns dia
Não tava assim, e eu não entendo
Na mesma hora que tá a pampa
Quando vou ver tô no veneno

Te amo mãe, me dá sua bença
Que eu vou pra guerra, reza por nóis
Quer entender, saber de dor
Isso eu te mostro ouve minha voz

Relaxa memo, pista tá uva
Assim nóis segue, ou talvez não
Imprevisível, é o futuro
E o destino, quase sempre é vilão

É que nem sempre, tá do meu jeito
Eu vou mudar, virar o jogo
Bicho homi, bato no peito
E o que vocês quer pra mim é pouco