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Nos Tempos de Menino

Fagner

Letra

    Era o cominho da roça
    E pureza de Maria
    A folha verde no mato
    A chuva quando caia
    Passarim, rio, regato
    E a natureza sorria

    Era o beijo que eu cultivava
    A vida que eu bem queria
    Do jeito que eu sonhava
    Realmente acontecia
    Queria um fruto eu plantava
    Vingava o fruto eu comia

    Da morte eu não tinha medo
    A morte eu não conhecia
    Não tinha nenhum segredo
    Andar no mato sem guia
    Nunca era tarde nem cedo
    Meia-noite ou meio-dia

    Fui menino mais que sete, oito
    Dezessete légua e meia
    Menino fui cassetete
    Menino fogo nas veias
    Bola de gude, pivete
    Menino bola de meia

    Fui menino meia-noite
    Menino fui meio-dia
    Menino vento de açoite
    Fui o ventre da folia
    Menino trovão da noite
    Fui chuva, fui invernia

    Fui menino pistoleiro
    Menino caramanchão
    Menino fui sapateiro
    Menino carro de mão
    Menino fui cangaceiro
    Menino fui lampião

    Menino também menino, fui
    E o tempo deu-me a alma
    Deu-me batente de bares
    Deu-me a vida nua e crua
    Becos e esquinas, meus lares
    Moleque ponta de rua

    Enviada por Vanderley. Revisões por 4 pessoas. Viu algum erro? Envie uma revisão.

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