Blood's Icon

Ícone do Sangue

Uma vez tu choraste por mim
incubadora da salvação passada, eu provei tua trindade
minha risada sustentou enquanto deixava tua divindade
a terra ardia sob minha alma congelada
fui o arauto do sono sombrio, escolhido para o fardo que me mandaram abaixo
queimava em um reino arruinado, em silhuetas de luz em desespero
anjos caídos atravessaram as esferas crepusculares minhas
mortos, eles contemplavam o caos interior, em luto com amargura e dor
a névoa noturna os cercava com obscuridade
e enquanto o vento os envolvia, caíam frios e sem fôlego
uma condenação de agonia, ao redor de seus corações amaldiçoados!

Reinos varridos de tristezas agarradas através das minhas colunatas onde os antigos nunca caíram
em meus olhos queimava a tortura, tempestades carmesins desdobravam o salão adormecido
paisagens fétidas tuas - envoltas em tormento
O céu se erodia atrás de mim
em ventos uivantes a fúria se desdobrava
cicatrizes em ícones sombrios explodiam friamente.

Eu era o ícone do teu sangue
uma vez tu choraste por mim
incubadora da salvação passada
Eu era o ícone do teu sangue
criado no sangue dos céus - eu era a condenação
Os anjos estavam queimando
no reino transmogrificado
em silhuetas sobre o desespero da luz
uma última aurora solitária surgiu
aparições exasperadas açoitaram
mártires de eterna angústia
desapareceram na sedução das maldições
imploraram por um fim prematuro.

Eu era o ícone do teu sangue
criado no sangue dos céus - eu era a condenação
e fora daquela divindade ardente - a vida vagou.