Zurdo

Canhoto

Zurdo

Era um tempo bonito,Era del tiempo lindo,
que sempre vem antes,que siempre es antes,
do que todo mundo anseiadel que todos añoran
os carnavais.los carnavales.
Vindo pro centro,Viniendo para el centro,
de meta e ponga,de meta y ponga,
olhos penetrantesojazos entradores
como facadas.como puñales.

Era um amigo canhotoEra un amigo zurdo
de tão reto.de tan derecho.
E pra não ficar gritandoY pa' no andar gritando
caiu de repente,calló de golpe,
jogou de "wing" esquerdojugó de "wing" izquierdo
pro meu "coração"para mi "cuore"
e tá sempre chegando,y está siempre llegando,
do sul pro norte.de sur a norte.

¡Canhoto!¡Zurdo!
Te chamavas Canhoto,Te llamabas Zurdo,
o da memória,el de la memoria,
e das serenatas.y las guitarreadas.
¡Canhoto!¡Zurdo!
Te chamavas Canhoto,Te llamabas Zurdo,
mas não importavapero no importaba
porque lá de cima,porque desde arriba,
sério, sério!,¡seguro, seguro!,
que você tá esperandoque estás esperando
pra tocar comigo,para armar conmigo,
de sanfona e violas,de fuelle y de violas,
uma milongadauna milongueda
que vai ser história.que va a ser historia.