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Eu Sou Carioca

Felipe Dossiê

Letra

    Eu vou a qualquer lugar, mas sempre andei sem direção
    Usava mágica do desenrolo pra pegar busão
    Abracadabra, pulei a catraca na raça
    Me sinto em casa no meio da fumaça
    Dispenso a trapaça, mas não volto sem a taça
    Eu sou a caça, o caçador e o cão de raça
    Faça chuva ou faça Sol eu tô na praça
    Mexendo carcaça em meio a desgraça
    Carioca de sangue e alma, verdadeiro
    Desde moleque amo meu Rio de Janeiro
    Meu sotaque dopa mais que conhaque
    Com duas pedras de crack no cérebro de um maconheiro
    O X é o fonema que eu carrego no peito
    Vou pra cima faço rima chiando o dia inteiro
    Não esquece o meu estilo que explica quem eu sou
    Uns chamam de jeito bandido, eu chamo de amor

    Cidade maravilhosa com um leve gosto amargo
    Independente carrego contente esse meu fardo
    Mesmo com a violência eu me sinto um felizardo
    Eu sou carioca e nada troca o amor que eu guardo

    Cidade maravilhosa com um leve gosto amargo
    Independente carrego contente esse meu fardo
    Mesmo com a violência eu me sinto um felizardo
    Eu sou carioca e nada troca o amor que eu guardo

    Nossas praias, nossas casas, nossas mulheres
    Nossos bares, nossos lares, nossos raps
    Eu sou apaixonado por esse pedaço de chão
    Eu faço tudo pra vê-lo estampado por esse mundão
    A solução é entender o puteiro que se tornou
    Porque o problema foi a gente mesmo quem criou
    De Garotinho a Cabral, um monte de marginal
    Na veia do Rio do Janeiro uma mistura letal
    Não passa com Gardenal a loucura que transformaram
    Minha cidade e é claro custou muito caro
    O despreparo da polícia que sobe a favela
    Sobe e desce com arrego sem pacificação dela
    Em cada viela um corpo agonizante geme
    Era tudo bandido, foi o que disse a PM
    Não precisa Mister M para revelar o truque
    Quer mudança? Pegue as crianças e eduque

    Eu sei, que o meu Rio não está legal
    Pois a lei, vai contra o cidadão até o final
    Mudei, meu estado natural
    Pensei, escrevendo lutei contra o mal

    Da janela a elite observa a favela
    E tem medo de saber o que existe nela
    Se contenta com que a televisão diz
    Acha que é feliz em sua realidade paralela
    Mas o moleque tem que preencher o vazio no abdômen
    O ciclo repete e reflete no roubo do seu iPhone
    Alguns nem tem nome outros se acham Super-Homem
    Enquanto ONGs somem com dinheiro que era pra matar a fome


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