Where Do Shadows Sleep?
I walk through the static of my mind
Barefoot on glass from broken time
The air tastes like yesterday
And the ceiling drips memories in grey
Faded signs, along the street
Neon ghosts hum under my feet
All the faces I forgot to keep
But tell me
Where do shadows sleep?
Do they hide
Behind the walls that never breathe?
Do they drown
In the echoes under me?
I just lay
In this room that won't forgive
Asking quietly: Where do shadows sleep?
Pale hands drawn on cigarette smoke
Cracks in the mirror whisper a joke
The Sun never made it past this town
It got lost, where I broke down
Letters I burned, names I erased
Footprints washed in the flood of my mistakes
I try to dream, but it cuts too deep
And I wonder
Where do shadows sleep?
Do they fade
Inside the stains beneath my skin?
Do they wait
For someone else to let them in?
I just stay
With the ghosts I failed to keep
Asking softly, where do shadows sleep?
Maybe
They're under this floor
Or behind that door
Or maybe
They're me
Onde Dormem as Sombras?
Eu caminho pela estática da minha mente
Descalço em vidros de um tempo quebrado
O ar tem gosto de ontem
E o teto goteja memórias em cinza
Placas apagadas, pela rua
Fantasmas de neon zumbem sob meus pés
Todos os rostos que esqueci de guardar
Mas me diga
Onde dormem as sombras?
Elas se escondem
Atrás das paredes que nunca respiram?
Elas se afogam
Nos ecos sob mim?
Eu só deito
Neste quarto que não perdoa
Perguntando baixinho: Onde dormem as sombras?
Mãos pálidas desenhadas na fumaça do cigarro
Fissuras no espelho sussurram uma piada
O Sol nunca conseguiu passar por esta cidade
Ele se perdeu, onde eu desmoronei
Cartas que queimei, nomes que apaguei
Pegadas lavadas na enchente dos meus erros
Eu tento sonhar, mas corta fundo demais
E eu me pergunto
Onde dormem as sombras?
Elas desaparecem
Dentro das manchas sob minha pele?
Elas esperam
Que alguém as deixe entrar?
Eu só fico
Com os fantasmas que falhei em manter
Perguntando suavemente, onde dormem as sombras?
Talvez
Elas estejam sob este chão
Ou atrás daquela porta
Ou talvez
Elas sejam eu
Composição: Felipe Renfro