exibições de letras 144
Letra

    Eu prometi que ia fazer muita grana com a minha loucura
    Ainda não fiz, mas sou tudo aquilo que ela procura
    Na rua das ilusões pelo asfalto molhado, reflete o seco
    Que a muito tempo teme o olhado

    Inseguro e só, me segure só se me ver cair
    Me aplauda hoje pois eu nunca mais passarei por aqui
    Lembrança vaga em tarde rosa não me deixa sorrir
    Voltei do pó e essa é a ultima vida que eu não morri

    Corri pra ver o mar quando ninguém viu
    Chorei com as ondas na beira cais de um domingo frio
    Dei um abraço no vento mas creio que ele não sentiu
    Que a cegueira da paixão me fez chorar e metade do mundo riu

    Dividido entre o amor e a sorte, a faca e o corte
    Abandonei quem mais amava e eu nem era assim tão forte
    Nem que eu volte para o lugar que parti
    Vai ser difícil sim eu sei mas minha vida não pode se repetir

    Porque ela anda enquanto sofro quieto, engulo sapo a seco
    E quando eu sopro a depressão eu me alivio e peco
    E perco um terço das razões do paraíso sem fé
    Meu coração se acostumou a ver tudo que ele não quer

    Cinza, solidão e magoas no quarto
    Se as paredes falassem o mundo inteiro ia saber o quanto eu to farto
    De carregar esse fardo comigo
    De só amar quem não me ama e no final só ter a solidão de amigo

    Eu me abrigo, em cada abraço
    Tentando esconder meus laços elas me beijam sorrindo pra lagrima do palhaço
    E eu as vejo bem de perto e sei que é cero esse fim
    E quando eu as beijo, eu sinto que eu não estou tão só assim perdido

    Entre palavras de conforto de quem não se quer
    Ouvindo a mentira mais sincera de outra mulher
    Em outra boca outro perfume
    Por incrível que pareça eu descobri que a solidão também nos une

    Desabafei com as flores do concreto como se elas me ouvissem
    E as pessoas ao redor me notassem
    Invisível fui visível na chuva e vulnerável
    Deixei que suas lagrimas me tocassem

    No papel em branco, escorria tanto, morria santo
    Vivia rouco o grito do verso manco
    Preso, aprendo e preso por isso eu rezo
    A cruz que me foi dada nunca vai mudar de peso
    Por isso eu peso!

    Me viro do avesso sem medo do inverso
    Até que toda minha magoa caiba dentro de um só verso!
    Ou dentro desse copo, eu volto logo eu juro
    O que separa os corações vai bem além desses muros

    É drama na selva fria de outubro
    Dois meses para o natal e ainda não sei se me desprezo ou me descubro
    Se me interno nos escombros ou misturo
    Uma dose violenta de qualquer coisa que me faça ver um bom futuro longe


    Comentários

    Envie dúvidas, explicações e curiosidades sobre a letra

    0 / 500

    Faça parte  dessa comunidade 

    Tire dúvidas sobre idiomas, interaja com outros fãs de Fernando Marques e vá além da letra da música.

    Conheça o Letras Academy

    Enviar para a central de dúvidas?

    Dúvidas enviadas podem receber respostas de professores e alunos da plataforma.

    Fixe este conteúdo com a aula:

    0 / 500

    Opções de seleção