395px

Quando eu fumar algo além de Celtas

Léo Ferré

Quand je fumerai autre chose que des Celtiques

Quand je fumerai autre chose que des Celtiques

Je veux ?e drap?e noir et de raison
Battre de l'aile au bord de l'enfer d?crate
Et cracher sur Trotski, sur L?ne et Socrate
Et qu'on dise de moi "Mon Dieu, qu'il ?it con !"

Quand je fumerai autre chose que des Celtiques

"Il n'aimait rien de ce que l'on nous fait aimer
Et marchait seul devant, le poing dans l'utopique
Il croyait que l'amour c'est comme la musique
Alors que votre amour s'est immatricul?

Quand je fumerai autre chose que des Celtiques

Moi, je suis con, ma foi, mes fleurs noires ?a face
Fini le temps des bombes, aujourd'hui on transige
On groupuscule, on parlemente et l'on exige
D'un mec ?heveux longs qu'il crame ou qu'il s'efface

Quand je fumerai autre chose que des Celtiques

Je veux mourir tout seul, l?as, au bout du quai
Tir? quatre chiens dans la nuit, camarade
Avec, dans mes paquets, mon hibou s?nade
Qui n'y voit que la nuit pour mieux m'accompagner

Alors, nous tirerons nos derni?s cartouches

Je veux mourir tout seul, l?as, au bout du quai
Tir? quatre chiens dans la nuit, camarade
Avec dans mes paquets, mon hibou s?nade
Qui n'y voit que la nuit pour mieux m'accompagner

Alors, nous tirerons nos derni?s cartouches
Ciao !

Quando eu fumar algo além de Celtas

Quando eu fumar algo além de Celtas

Eu quero estar coberto de preto e razão
Bater as asas à beira do inferno em decadência
E cuspir em Trotsky, em Lênin e Sócrates
E que digam de mim "Meu Deus, como ele é burro!"

Quando eu fumar algo além de Celtas

"Ele não gostava de nada do que nos fazem gostar
E andava sozinho à frente, o punho no utópico
Ele acreditava que o amor é como a música
Enquanto seu amor já estava registrado

Quando eu fumar algo além de Celtas

Eu sou burro, minha fé, minhas flores negras na cara
Acabou o tempo das bombas, hoje a gente transige
A gente se agrupa, a gente negocia e exige
De um cara de cabelo longo que ele queime ou desapareça

Quando eu fumar algo além de Celtas

Eu quero morrer sozinho, lá, no fim do cais
Atirando quatro cães na noite, camarada
Com, nos meus pacotes, minha coruja serenata
Que só vê a noite para melhor me acompanhar

Então, nós vamos disparar nossas últimas balas

Eu quero morrer sozinho, lá, no fim do cais
Atirando quatro cães na noite, camarada
Com nos meus pacotes, minha coruja serenata
Que só vê a noite para melhor me acompanhar

Então, nós vamos disparar nossas últimas balas
Ciao!

Composição: