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Judas

Ferréz

Letra

    Nem me viu, fez assim, fez ficar nela
    Mais uma vez o teu Deus te jogou na favela
    Sobrevivente da prisão da amizade
    Só o Diabo é quem batiza com a lei do cão covarde
    Té o céu cobra água pra chover
    Quem se acomoda num dia comum vai perecer
    Na mesma favela, no mesmo gueto esquecendo que
    Todo olhar é suspeito
    Se o para-brisas tá quebrado, a vingança vem do lado
    Única rua, fuga inevitável, o clima tava sinistro
    Com os aliados foi visto, o jogo não foi Deus quem criou
    E todo dinheiro ainda é pouco com a inveja nasce e vive no sufoco
    Sumiram com ele do banco de trás, na ira truta (na ira truta)
    Sua homenagem aqui se faz, inspirado pra matar, com a maldade no olhar
    Se o herdeiro não te viu ligar, foi ele quem decidiu te matar

    Parceiro dos fortes, linha de frente pra morte
    Vai ver que foi aí que a trairagem pediu licença, pediu passagem
    Mó Zé Migué, qual que é? quando sacou nem você acreditou
    Na surpresa, lado a lado, seu aliado, andou esquecendo o juramento selado
    Se a dúvida foi a arma, a certeza foi ignorada
    Morreu calado e pensando: caí de graça
    Ajudou vários na parada, comprava o jumbo pros mano e mandava
    Na judaria foi subjulgado, sempre dizia que andando com amigo não precisa tá armado
    Viu de tudo nessa vida, ajudou parceiro meu a ter o que queria
    Ia buscar na febre, com Deus não batia mas também pelo Diabo não pedia
    E o que dizer da única pista, dos aliados nem Jesus acredita
    A covardia é suja, vai bico, com dinheiro se iluda
    Capão é lugar de homem morar e se com fogo queimou com gelo não pode esfriar
    A hora é essa e não vai inimigo sobrar

    Sua sentença vai ser cobrada
    Sem o cheiro da flor caído na calada
    Judaria não dá boi, honrando o homem que ele foi
    Eu canto a guerra sem fim
    E que os familiar tende a chorar, a guerra é essa e não vai inimigo sobrar
    Seu filho é guerreiro, eu dedico essa letra ao meu parceiro
    Que chorou por você também
    E no velório não acreditava que você caiu do lado da favela que ninguém gostava
    Freio de mão puxado no carro
    A trairagem veio a cavalo, pousou no ombro do próprio aliado
    E sem olhar nos olhos efetuou o disparo, mais um fugitivo da realidade
    Por causa de amizade, negou e duvidou da maldade
    Pagou o preço e até agora tá vagando em outro plano
    Seus inimigo finado te cobrando, mano
    O ratão não tá acreditando
    Que o primo que ele tanto admirava subiu espantado sem saber de nada
    A covardia é surda, tapinha nas costas não se iluda
    O sol nasce a cada dia e ninguém aplaude
    E mesmo assim no outro dia ele volta e nasce
    Nos toques de mão o que sobrou foi saudade
    Mas a vida continua com judaria e senilidade


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