Du Nennst Mich Penner
Hamburg Hauptbahnhof - in der rechten Hand die Flasche
In der anderen halt ich meine Aldi-Einkaufstasche
Abends, wenn es kalt wird, such ich mir 'ne Ecke
Wo der Wind nicht so runterkommt unter meine Decke
Die Sozikohle reicht, wenn's hochkommt, 'n paar Tage
Roche oder Alk ist schon am Vormittag die Frage
Weil wir kein Geld für andere Drogen haben
Und das Leben, wie es ist, nicht mehr ertragen
Wir haben statt Geld nur rote Zahlen in der Tasche
Ich mein - is klar - Konsequenz: Der Griff zur Flasche
Arbeitsstelle weg, Frau weggelaufen
Ob ihr's glaubt oder nicht, ich war nicht immer nur am Saufen
Vor etwa 10 Jahren da war noch alles im Lot
Jetzt sitzt ich sabbernd am Hauptbahnhof im Hundekot
Keine Wohnung, keine Arbeit, keine Arbeit, keine Wohnung
Der Teufelskreis des Lebens bleibt die zynische Belohnung
Ihr behandelt mich wie Scheiße, wie den allerletzten Dreck
Doch guck ich euch in die Augen, dann dreht ihr euch lieber weg
Ihr nennt mich Penner, wenn ich durch eure Viertel geh
Weil ich keine Kohle hab und anders ausseh
Doch nur hinter vorgehaltner Hand, denn ihr seid feige
Aber wartet nur ab, denn mit euch geht's auch zu Neige
Dann bleibt euch eure Arroganz im Halse stecken
Eure Dummheit und Ignoranz, daran sollt ihr verrecken
Merk dir mein Gesicht, denn es ist nicht das letzte Mal
Daß ich auf dich zurückkomm und nicht nur verbal
Kaufst du dir'n neues Auto, 2, 3 Tage später
Der Lack zerkratzt, natürlich war ich der Täter
Villenvorort, hoher Schaden bei einem Brand
Brandursache Brandstiftung, Täter unbekannt
Mach dir nicht die Mühe, dein Gehirn anzustrengen
Ich bin einer, dem kannst du alles anhängen
Euch die Macht und uns die Nacht
Die Tage sind gezählt, an denen ihr noch lacht
Und paß auf, daß ihr nicht die letzte Bahn verpaßt
Denn ich wart auf euch - Ich bin das Arschloch, das euch haßt
Das euch haßt - Das ist kein Witz
Und meine Wut ist größer als euer Status und Besitz
Lieg ich im Suff am Boden, dann spuckt ihr mir ins Gesicht
Und ihr macht eure Witze, aber ich vergeß das nicht
Du gehst aufrecht und ich auf allen Vieren
Doch mein Vorteil in dem Spiel: Ich hab nichts mehr zu verlieren
Du dagegen - Ist dein Job sicher?
Und wie lange zahlt es sich noch aus als Arschkriecher?
Spiel nicht mit den Schmuddelkindern, red nicht mit dem Penner von nebenan
Du glaubst, dir geht es gut, doch wer ist als nächstes dran
Doch bis dahin paßt auf, daß ihr eure Viertel nicht verlaßt
Denn ich wart auf euch - ich bin das Arschloch, das euch haßt
Você Me Chama de Mendigo
Hamburgo, estação central - na mão direita a garrafa
Na outra, minha sacola do Aldi
À noite, quando esfria, procuro um canto
Onde o vento não venha tão forte por baixo do meu cobertor
A grana do social dá pra, se muito, uns dias
Roche ou álcool já é a pergunta de manhã
Porque não temos grana pra outras drogas
E a vida, como tá, não dá mais pra aguentar
Só temos números vermelhos no bolso
Quer dizer - tá claro - consequência: a garrafa na mão
Emprego perdido, mulher foi embora
Acreditem ou não, eu não vivi só de bebida
Há uns 10 anos tudo estava nos eixos
Agora tô babando na estação central, no cocô de cachorro
Sem casa, sem trabalho, sem trabalho, sem casa
O ciclo vicioso da vida é a recompensa cínica
Vocês me tratam como merda, como o último dos lixos
Mas quando olho nos olhos de vocês, preferem desviar o olhar
Vocês me chamam de mendigo quando ando pelo seu bairro
Porque não tenho grana e pareço diferente
Mas só por trás das costas, porque vocês são covardes
Mas esperem só, porque com vocês também vai acabar
Então a arrogância de vocês vai entalar na garganta
A idiotice e a ignorância de vocês, que é pra isso que vão morrer
Lembre-se do meu rosto, porque não é a última vez
Que eu volto pra você e não só de forma verbal
Você compra um carro novo, 2, 3 dias depois
A pintura arranhada, claro que fui eu o culpado
Subúrbio de mansões, grande prejuízo em um incêndio
Causa do incêndio: incêndio criminoso, autor desconhecido
Não se dê ao trabalho de forçar a cabeça
Eu sou um que você pode colocar a culpa em tudo
Vocês têm o poder e nós temos a noite
Os dias estão contados, em que vocês ainda riem
E cuidado pra não perder o último trem
Porque eu tô esperando por vocês - eu sou o idiota que os odeia
Que os odeia - isso não é brincadeira
E minha raiva é maior que seu status e suas posses
Se eu tô no chão, bêbado, vocês cuspem na minha cara
E fazem suas piadas, mas eu não esqueço disso
Você anda ereto e eu de quatro
Mas minha vantagem nesse jogo: não tenho mais nada a perder
Você, por outro lado - seu emprego tá seguro?
E quanto tempo ainda vale a pena ser puxa-saco?
Não brinque com as crianças sujas, não fale com o mendigo do lado
Você acha que tá bem, mas quem é o próximo da fila?
Mas até lá, cuidado pra não sair do seu bairro
Porque eu tô esperando por vocês - eu sou o idiota que os odeia