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São Paulo

Flocs

Letra

    Você que acordou do lado do seu amor
    Deu um beijo e se jogou de trem de busao também

    Primeiramente um bom dia para nós
    Pra vocês
    Pros os manos que tão no mundao
    Pros que tão no xadrez
    Pras minas que tão la nos corre louco nas ruas da vida
    Moleques estao nos faróis, nas avenidas, qualquer
    Tão desarmado de maldade nós armado de fé
    A toda populacao em baixo das pontes invisivel
    Aqui e São Paulo moleque seja bem-vindo
    Terra dos predio grandes dos negocios da grana
    Homens de terno preto que protege os bacanas
    Caras de farda cinza oprime na maior

    Pai de família bebado filhos da puta e só
    São Paulo e diferente do que você conhece
    São Paulo tem descaso social pelas creches
    São Paulo abriga fumadores de crack
    Permite morte em fila de hospital por enfarte
    São Paulo tem meninas lindas na boca do lixo
    No corre e vende o corpo dói a alma e o espírito
    São Paulo desculpe eu vim para dizer que você
    É capital do medo, esconde o desejo
    Mas eu vim para vencer

    São Paulo
    Capital do odio e do medo
    Esconde um segredo
    Eu vim para vencer!

    O que te faz feliz me diz o que você busca?
    UM trampo segunda a sexta, um apartamento, um Fusca?
    Ser feliz, progredir, ver a vida melhorar?
    A procura da felicidade eu trouxe para ca
    Na estação Tiete fica perdido mas sonha
    Ver sua família aterrissando em Congonhas
    Daqui um, dois anos, emprego garantido
    Nãoao ser mais um viciado cachaceiro fodido
    Em meio a poluição, em plena selva de pedra
    Cortando a marginal centenas de motocicletas
    Em frente aos predios chiques um tiozinho na portaria
    Palhaço no farol fazendo acrobacia

    Coração financeiro de São Paulo a Trianon
    Cidade dos museus, imagens, artes e do som
    Da língua portuguesa em plena estação da luz
    Presídios, fundações, liberdade um dia flui
    Albergues e cortiços tem cabaré no prédinho
    Festa open bar, baile funk, rolezinho
    Teatro a céu aberto no parque Ibirapuera
    Estátua humana mexe por uma moeda
    De bengala e violão no último vagão

    De fone ouvindo rap lendo um livro na estação
    Manobrando nave, de traje social
    Fila de dois quarteirão no restaurante de um real
    Nós tenta sobreviver
    A capital da medo
    Esconde desejo
    Mas eu vim para vencer

    São Paulo
    Capital do odio do medo
    Esconde o segredo
    Eu vim para vencer


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