Meu amor está perto

A Dualidade da Vida e da Morte em 'Meu amor está perto'

A música 'Meu amor está perto' da banda Foge Foge Bandido é uma reflexão profunda sobre a dualidade entre a vida e a morte, e a constante sensação de impermanência que permeia a existência humana. A letra começa com a imagem da chuva, um símbolo frequentemente associado à tristeza e à melancolia, que molha a roupa do narrador. Os carros, que 'não param de gritar', representam o caos e a agitação da vida urbana, convidando o narrador a um fim trágico. No entanto, ele tenta desviar o olhar, buscando uma estrela, um símbolo de esperança e orientação, mas a chuva em suas mãos o lembra da inevitabilidade da morte.

O refrão 'Meu amor está perto, vejo-o correndo para mim' sugere a proximidade de algo ou alguém querido, talvez uma figura de amor ou até mesmo a própria morte, que se aproxima inevitavelmente. A frase 'só que eu não sou certo, vejo-me correndo para o fim' revela a incerteza e a fragilidade do narrador, que se vê em uma corrida inevitável para o fim, seja ele literal ou metafórico. Essa dualidade entre a busca pelo amor e a consciência da mortalidade cria uma tensão emocional que permeia toda a música.

A segunda estrofe traz uma imagem de um lar que nunca viu o amor permanecer. 'Vem morar na tua casa, a pobre nunca te viu ficar' sugere uma relação instável, onde o amor está sempre de partida, nunca se estabelecendo de forma duradoura. A chegada com 'um dos pés pronto para não entrar' reforça essa ideia de transitoriedade e incerteza. A repetição do refrão reforça a sensação de proximidade do amor e da morte, criando uma atmosfera de melancolia e reflexão sobre a natureza efêmera da vida e das relações humanas.