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Décima do Potro Baio

Fogo de Chão

Letra

    "Eu saí pela fronteira
    Ver negócios de importância
    Que é pra ver se me ajustava
    De capataz de uma estância
    Cheguei lá, e me ajustei
    Onde havia uma potrada
    Onde tinha um bagual baio
    Respeitado da peonada
    Baio da venda rasgada
    Carunchado nos comilhos
    Foi o que mais me agradou
    Para sentar o meu lombilho
    Pra encilhar o venta rasgada
    Custou uma barbaridade
    Baixou a cabeça na estância
    E foi levantar na cidade
    Da estância para a cidade
    Regulava légua e meia
    E onde o baio se acalmou
    Foi na venda do Gouvêa
    E eu apeei lá no Gouvêa
    Pra tomar um trago de vinho
    Depois belisquei o baio
    Desde a marca inté o focinho
    Este baio corcoveava
    Mesmo que boi tafoneiro
    Pois já estava acostumado
    A corcovear o dia inteiro
    Bombeei pra um oitão dum rancho
    Vi uma prenda me espiando
    O baio não via nada
    E continuava corcoveando
    Menina, minha menina
    Me agarra, senão eu caio
    Que eu já venho sufocado
    Com o balanço deste baio
    Uma espora sem roseta
    E a outra sem papagaio
    Se as duas estivessem boas
    ¿O que seria deste baio?
    Quase arrebentei o pulso
    E as duas canas do braço
    Deixei o baio bordado
    De tanta espora e mangaço
    Um dia deixei a estância
    E fui cumprir minha sina
    Mas o baio ficou manso
    Inté pro selim de china"

    (Raquel Perret)


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