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Como Se Faz Um Sertão

Forró No Kilo

Letra

    Meu senhor, eu não venho do sertão
    Não trago o brasão da seca
    Sou filho da terra do fruto dourado
    Nascido em solo sagrado transformado em solo sangrento
    Com o sangue do índio acuado
    Sangue do dominador violento
    Com o sangue do jagunço armado
    Sangue do coronel desatento
    A mata atlântica é mãe e morada
    E que por muitos anos e homens disputada
    Na calada da noite ou na agonia do dia
    A verdadeira e mais terrível tocaia
    Preparava-se com olhos da ganância e as mãos da covardia
    Gritam os caboclos que protegem essa mata
    Das entranhas da mais triste história já contada
    Pedem que cante como uma rasga mortalha em noite pálida e fria
    Agourando assim os que ainda pensam ser donos dessa mata
    Desvirginada de maneira traumática pelos forasteiros que invadiram a Bahia
    Meu senhor, eu não venho do sertão
    Mas conheço bem os problemas trazidos pela seca
    E não quero ver a nossa Mata Atlântica
    Que já foi tão viva e tão cheia
    Transformada em solo penoso
    Resumindo-se a pedra, poeira e areia.


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