395px

Café Para Dois (part. Guillermo Coral)

Francisco Canaro

Café Para Dos (part. Guillermo Coral)

Vení hermano, sentate
A tomar café conmigo
Quiero conversar contigo
A escucharme prepárate

Escúchame te lo imploro
Tomá fumá un cigarrillo
Con el humo del pitillo
Disimulo, si es que lloro

Perdoná si te hago a vos
Víctima para escucharme
Es que quiero desahogarme
¡Mozo! Café para dos

Vos sabés que yo he tenido
Mucha suerte en mis amores
Que hoy ya son marchitas flores
Que pasaron al olvido

Pero ahora estoy metido
Y bien caro estoy pagando
No es que me esté traicionando
Ella es más pura que un cielo
Pero con mis crueles celos
Yo la estoy martirizando

Al hablar tiembla mi voz
Por la emoción, que me embarga
Son mis cosas tan amargas
¡Mozo café para dos!

Tengo miedo que algún día
Ya cansada de torturas
Ponga fin a la locura
De mi horrible celosía

Más que miedo es cobardía
Lo que siento a cada rato
Temo que en un arrebato
Ella resuelva dejarme
Si ello llegara a pasarme
Te lo juro, que me mato

Porque has se saber que yo
No puedo vivir sin ella
Sus caricias son tan bellas
¡Mozo café para dos!

Café Para Dois (part. Guillermo Coral)

Vem, irmão, senta aqui
Pra tomar um café comigo
Quero trocar uma ideia
Se prepara pra me ouvir

Escuta, eu te imploro
Pega um cigarro e fuma
Com a fumaça do cigarro
Disfarço, se eu chorar

Desculpa se te faço de
Vítima pra me escutar
É que eu preciso desabafar
Garçom! Café pra dois

Você sabe que eu já tive
Muita sorte no amor
Mas hoje são flores murchas
Que caíram no esquecimento

Mas agora eu tô preso
E tô pagando bem caro
Não é que ela me traia
Ela é mais pura que o céu
Mas com meu ciúme cruel
Eu tô martirizando ela

Ao falar, minha voz treme
Pela emoção que me invade
Minhas coisas são tão amargas
Garçom, café pra dois!

Tenho medo que um dia
Cansada das torturas
Ela ponha fim à loucura
Do meu horrível ciúme

Mais que medo, é covardia
O que eu sinto a todo momento
Temo que num surto
Ela decida me deixar
Se isso acontecer comigo
Te juro, eu me mato

Porque você tem que saber que eu
Não consigo viver sem ela
Suas carícias são tão lindas
Garçom, café pra dois!

Composição: Francisco Canaro