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Novo Encontro Com o Surdo

Francisco Vargas

Letra

    Há pouco eu vinha viajando num trem de Santa Maria
    De novo, encontrei com o Surdo, dei risada à reviria
    Deu uma baita confusão, o Surdo nada me ouvia
    Perguntei da sua chinoca, disse o surdo: -Já deu cria!
    -Eu falo é da sua esposa! -Tá Moura que é uma raposa
    Mas dorme na estrebaria!

    -Não é disso que eu lhe falo, índio véio', novamente
    Me conte da sua xirua que, há muito tempo, vem doente!
    Disse o Surdo: -Eu só sou banho nos dias de sol bem quente
    O potro da égua é lindo, é de raça diferente
    É cria do Alegrete, tô dando milho catete
    Porque está mudando os dente'!

    -Eu falo da sua família, você só pensa em carreira!
    Disse o Surdo: -Das seis potrancas que eu mandei lá pra fronteira
    Ficou só a Gateada velha, que é a mãe de toda a tosseira
    Ela e o potrilho Zaino passam de capa e biqueira!
    -Pergunto da Dona Inácia! -Atei lá num pé de Acácia
    A égua velha caborteira!

    -Eu já estou de saco cheio me conte da sua mulher!
    Disse: -O potrilho é bem lindo, saiu Zaino Pangaré
    Quero avisar os carreirista' que, agora, eu não estou de a pé
    Não respeito parrillero, venha de onde vier!
    -Seu Quintino e as suas filha'! -Botei com Quarto de Milha
    Puro sangue de Bagé!

    "-Mais uma vez, não consegui acertar com o Surdo, moçada."

    Composição: Francisco Vargas / João Azevedo. Essa informação está errada? Nos avise.

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