Clarisse

Clarisse não me fale nada agora
Do que há tempos eu já sei...
A vida inteira passa em segundos
Resvala em minutos e horas
Rotineiramente nos dias
Fugaz nos meses...
E é melhor nem pensar
Pois é inevitável não te lembrar
Quando seria mais conveniente te esquecer de vez...

Clarisse as velhas dúvidas voltaram
E lágrimas são as provas vivas
Que tudo veio átona outra vez
Então se cale agora
E não venha me dizer o que há tempos eu já sei...
Eu sei de cor que nada é pra sempre
E que a melhor certeza que temos é um talvez
E se fosse fácil desgostar
Seria mais simples de te esquecer de vez...

Mas as velhas dúvidas voltaram
E as lágrimas na minha cara
E os olhos vermelhos
São as provas vivas
Que tudo enterrado veio átona outra vez...

A vida inteira passa em segundos,
Minutos, horas, dias, meses...
E é melhor nem pensar
Pois é inevitável não te lembrar
Quando seria mais conveniente te esquecer...

Então se cale agora
E não venha me dizer
Que lembranças sozinhas não ressuscitam
Porque eu vejo sentimentos mortos
Vivos em mim outra vez...

Eu sei de cor que nada é pra sempre
E que a melhor certeza que temos é um talvez
Mas as lágrimas na minha cara
Que emergem dos olhos vermelhos - cansados
Trazem átona, sentimentos enterrados outra vez...