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Condomínio

G. Hoffman

Letra

    Era uma vez um condomínio lotado de pessoas
    Todas elas pensando ter domínio
    De tudo colorido que estava ao redor
    Mais com medo do escuro e quase sempre é bem pior
    De có sabia o nome de cada um, a cor do carro
    Telefone, apartamento de um por um
    Alguém, algum que estivesse em desacordo
    Não sendo lá tão magro e nem assim tão gordo
    Não tivesse aquela cor azul ou amarelo
    Se fosse um pouco verde, já não seria tão belo
    Não entrava no condomínio se não fosse assim
    Proibido pra você e fechado pra mim

    No fim na verdade, bem lá no fundo
    Lá dentro não é diferente como fora
    Aqui no mundo e eu afundo na ideia
    De que tudo é tão igual
    A não ser na diferença que difere o bem do mal
    Normal, como dentro desse condomínio
    Lotado de pessoas, todas elas sem domínio
    Concordo que aparência é artificial
    E que as cores do lado de fora são tintas de carnaval

    No fundo o mesmo azul
    Do mar, do céu ou do Sol amarelo
    Que brilha em cada um
    Ao fundo o mesmo sul
    Que deixa o norte sempre assim tão belo
    Direcionando um por um

    Nesse condomínio sempre igual
    Teve alguém que não concordou com as cores de carnaval
    Percebeu que o padrão de tudo era imposto por ninguém
    E que viver nesse padrão não fazia bem
    Mais quem seria usado pra dizer
    Que o jeito azul ou amarelo não era igual
    Ao jeito de ser ou não ser?
    Eis a questão
    Quando eu olho de fora não vejo o coração

    Então, foi motivado a pregar
    Que a vida é muito mais do que se pode imaginar
    Muito mais do que o azul do céu e do mar
    Muito mais que o amarelo que faz o girassol rodar
    Mais do que era mostrado para todo mundo
    Mais pra variar não pode ir a fundo
    Quando viu o condomínio com outra visão
    O síndico sem demora convocou uma reunião
    E não deixou que fosse revelada
    A existência de outras cores numa vida transformada
    Nada pode aprisionar o que tem fé
    Uma vida incolor você vive se quiser

    No fundo o mesmo azul
    Do mar, do céu ou do Sol amarelo
    Que brilha em cada um
    Ao fundo o mesmo sul
    Que deixa o norte sempre assim tão belo
    Direcionando um por um

    Deixa eu imaginar
    Vou me livrar deste lugar
    Deixa eu me transportar
    Vou conversar com Deus, vou me encontrar

    No plebiscito do condomínio
    Uma voz interrompeu dizendo ter domínio
    De que existiam outras cores e outro jeito de viver
    Pois conheceu um Deus que teve criatividade pra fazer
    Tudo e todos que existem ao redor
    Sem precisar estar preso a nada o que é bem melhor
    Veio provar que não há necessidade
    De correr ao qualquer custo para felicidade

    O jeito encontrado por vocês
    Inortado de subvindas
    Notadas de embriagues
    Só levam uma percepção
    De que o azul e o amarelo são lindos
    Mas não tem brilho na escuridão
    E o verde diferente não considerado belo
    É a clara junção do azul com amarelo
    Traduzindo esse conto nessa canção
    Não importa a sua cor ou situação
    O mundo é o mesmo nesse mesmo lugar
    O que escolhe aqui te diz onde vai parar
    As cores do inferno não sei como são
    Prefiro conferir de cima com o dono da situação

    Deixa eu imaginar
    Deixa eu me transportar

    E com um coral de anjos cantar
    Ná ná ná


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