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Letra

    Quando o pequeno curumim
    Cai desfalecido pela bruxaria do inimigo
    O povo Shuara chora
    E suas lágrimas revelam ao misterioso pajé
    O segredo adormecido
    Da cura sagrada Tsantsa, Tsantsa, Tsantsa
    Pajé Shuara, o bruxo escultor de cabeças

    Veste pele de animal para o ritual de escabelamento
    Plumárias batizam o ébrio pensamento
    Ervas são mascadas e aspiradas
    Pra falar a linguagem do além
    É preciso trilhar o caminho da névoa
    Faz o corpo do menino levitar

    No sudário de fumo do cachimbo, cerâmica
    O sopro xamânico enfraquece os espíritos
    Que são absorvidos para dentro do pajé
    Enquanto a Tsantsa é preparada
    Para descansar os esquecidos

    Durante sete dias o pajé rezará
    Durante sete luas permanecerá
    Fervendo no fogo sagrado
    No transe do inhãbé, no rito de fé, no velho pajé
    A prisão eterna espiritual
    A máscara profana do ritual
    Dormente ao sol secará
    Flagelando os espíritos

    Seus olhos são costurados com fibras de arumã
    Ossos afiados são cravados em sua boca
    Sementes silenciam seus ouvidos na escuridão
    A maldição calará

    Rasga a mortalha
    Rasga a mortalha da noite
    Libélulas negras, boiúnas de fogo
    E a fera jaguar
    Tarântulas e tucandeiras
    Vão te devorar

    Dança, xamã, dança, xamã
    Aracnídeo pajé
    Dança, xamã, dança, xamã
    O viperino pajé
    Dança, xamã, dança, xamã
    Aracnídeo pajé
    O soberano da fé

    Composição: Demetrius Haidos / Geandro Matos. Essa informação está errada? Nos avise.

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