395px

Enquanto a Cidade Dorme

Gemelli DiVersi

Mentre Dorme La Città

sono le ore 4 e 20 minuti...

Quando le luci sopra le città si spengono solo su un foglio mi rispecchio
mentre notti insonni coprono il mio paesaggio sfoggio memorie e miei ricordi
che su un foglio prendon forma ora dipingono cose in me intrise cercando nel
silenzio forze per aprire porte un tempo chiuse resta una fase e non una
frase di circostanza che segna il mio cammino ricavandone l'essenza usanza
del mio ego sostanza a cui dar sfogo su un foglio spiego cosa mi porta a
scrivere la forza per evadere dall'abitudine mi porta a scegliere e a luci
spente brilla un obiettivo da raggiungere nel cielo splende la mia stella
non sarà facile né irriducibile perseguo nel mio viaggio senza rancore o
odio scorgendo poi nel buio quella luce che mi farà star sveglio.

Mentre dorme la città respirerò il silenzio e la mia stella mi guiderà
(mentre) dorme la città su un foglio mi specchierò e un altro giorno vedrò.

Mentre dorme la città qualcosa mi comunica la penna resta l'unica amica che
mi carica non c'è finzione scenica tanto qualcuno poi lassù so che mi
ascolta la mia mente ostenta frasi su di un foglio cariche di orgoglio
adesso voglio il meglio come un padre per il proprio figlio sveglio scrivo
ciò che vivo respiro un vento dal silenzio spinto ora che il mondo fuori
dalla stanza resta spento quindi dipingo mille parole vedendo fiori sui
balconi o dietro vetri e tapparelle chiuse molte altre cose poi ma tante
sensazioni che magari non verranno scritte mai restano in noi nel più
profondo senza sapere che destino loro poi sto offrendo su un foglio adesso
non più bianco la penna scivola e dal nulla cadono parole come gocce dentro
una pozzanghera.

Mentre dorme la città respirerò il silenzio e la mia stella mi guiderà
(mentre) dorme la città su un foglio mi specchierò e un altro giorno vedrò.

.sono le ore 5 e 42 minuti.

A luci spente soltanto con i miei occhi vedo l'evolversi di storie il
disgregarsi di famiglie legate poi da un solo vincolo pensieri nel silenzio
della notte che poi invadono la mia storia resta una scoria del mio
paragrafo tra luci spente una abat-jour che illumina forse il mio stato
ipnotico prolifico resto in incognito finché le luci del mio palcoscenico
non brilleranno resto sveglio non prendo sonno pensando solo a ciò che
voglio a luci spente folgorato da un abbaglio con una penna e un foglio fa
da tramite tipo un messaggero in codice porta consiglio e veglio sul mio
futuro e per le strade della notte vedo gente pronta solo a far denaro
facile ridotta all'impossibile stato dell'essere ma tra bene e male tutto
ciò mi porta poi a distinguere.

Mentre dorme la città su un foglio mi specchierò e un altro giorno vedrò
(mentre) dorme la città respirerò il silenzio e la mia stella mi guiderà...

Devo saper distinguere la strada per poter poi scegliere il mio percorso
verso il senso giusto questo penso sia mio cammino verso qualche cosa che ha
a che fare poi col mio futuro scrivo coi miei occhi vedo insegne spente
strade deserte gente pronta poi a cambiarsi d'abito per recitar tutte le
notti poi la stessa parte triste sorte io cerco ossigeno vitale luci spente
per le strade adesso accese nel mio cuore senza confine in cerca di qualcuno
che sta ad ascoltare le mie parole all'orizzonte a volte pronunciate sopra
un foglio solo a luci spente senza finte sei solo contro la realtà cerchi di
capire cosa non ti va nel verso giusto ma del resto io so che questo non
sarà soltanto un modo per sprecare inchiostro.

Mentre dorme la città respirerò il silenzio e la mia stella mi guiderà
(mentre) dorme la città su un foglio mi specchierò e un altro giorno vedrò.

Mentre dorme la città respirerò il silenzio e la mia stella mi guiderà
(mentre) dorme la città su un foglio mi specchierò e un altro giorno vedrò.

.sono le ore 6 e 19 minuti.

Enquanto a Cidade Dorme

são 4 e 20 da manhã...

Quando as luzes da cidade se apagam, só em um papel eu me reflito
enquanto noites sem sono cobrem minha paisagem, exibo memórias e meus registros
que em um papel ganham forma, agora pintam coisas em mim impregnadas, buscando no
silêncio forças para abrir portas que um dia foram fechadas, resta uma fase e não uma
frase de circunstância que marca meu caminho, extraindo a essência, costume
do meu ego, substância a qual dou vazão, em um papel explico o que me leva a
escrever, a força para escapar da rotina me faz escolher, e com as luzes
apagadas brilha um objetivo a ser alcançado, no céu brilha minha estrela,
não será fácil nem irredutível, sigo na minha jornada sem rancor ou
ódio, avistando então no escuro aquela luz que me fará ficar acordado.

Enquanto a cidade dorme, respirarei o silêncio e minha estrela me guiará
(enquanto) a cidade dorme, em um papel eu me refletirei e um novo dia verei.

Enquanto a cidade dorme, algo me comunica, a caneta é a única amiga que
me carrega, não há encenação, tanto que alguém lá em cima eu sei que me
ouve, minha mente ostenta frases em um papel carregadas de orgulho,
hoje quero o melhor, como um pai para seu filho, acordado escrevo
o que vivo, respiro um vento do silêncio, agora que o mundo fora
do quarto permanece apagado, então pinto mil palavras vendo flores nos
varais ou atrás de janelas e persianas fechadas, muitas outras coisas depois, mas tantas
sensações que talvez nunca serão escritas, permanecem em nós no mais
profundo, sem saber que destino a elas estou oferecendo, em um papel agora
não mais branco, a caneta desliza e do nada caem palavras como gotas dentro
de uma poça.

Enquanto a cidade dorme, respirarei o silêncio e minha estrela me guiará
(enquanto) a cidade dorme, em um papel eu me refletirei e um novo dia verei.

são 5 e 42 da manhã.

Com as luzes apagadas, só com meus olhos vejo o desenrolar de histórias, o
desmoronamento de famílias ligadas por um único vínculo, pensamentos no silêncio
da noite que invadem minha história, resta uma escória do meu
parágrafo, entre luzes apagadas, uma abajur que ilumina talvez meu estado
hipnótico, prolífico, permaneço incógnito até que as luzes do meu palco
não brilhem, permaneço acordado, não consigo dormir pensando apenas no que
quero, com as luzes apagadas, ofuscado por um clarão, com uma caneta e um papel
fazendo de intermediário, tipo um mensageiro em código, traz conselhos e vigia
meu futuro, e pelas ruas da noite vejo gente pronta só para fazer dinheiro
fácil, reduzida ao estado impossível do ser, mas entre o bem e o mal, tudo
isso me leva a distinguir.

Enquanto a cidade dorme, em um papel eu me refletirei e um novo dia verei
(enquanto) a cidade dorme, respirarei o silêncio e minha estrela me guiará...

Devo saber distinguir o caminho para poder então escolher meu percurso
em direção ao sentido certo, isso penso ser meu caminho em direção a algo que
tem a ver com meu futuro, escrevo com meus olhos, vejo letreiros apagados,
ruas desertas, gente pronta para trocar de roupa para encenar todas as
noites o mesmo papel, triste sorte, eu busco oxigênio vital, luzes apagadas
pelas ruas agora acesas, no meu coração sem limites, em busca de alguém
que esteja ouvindo minhas palavras, no horizonte, às vezes pronunciadas em um
papel, só com as luzes apagadas, sem falsidades, você está só contra a realidade,
procura entender o que não está certo no caminho certo, mas no fundo eu sei que isso não
será apenas uma forma de desperdiçar tinta.

Enquanto a cidade dorme, respirarei o silêncio e minha estrela me guiará
(enquanto) a cidade dorme, em um papel eu me refletirei e um novo dia verei.

Enquanto a cidade dorme, respirarei o silêncio e minha estrela me guiará
(enquanto) a cidade dorme, em um papel eu me refletirei e um novo dia verei.

são 6 e 19 da manhã.

Composição: