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Serenidade

Gil Lucas

Letra

    Alguns fantasmas desfilam pelos cômodos da memória
    Habitam a casa, o pensamento, como autores da história
    E, sem receio, proclamam legitimidade e glória
    O riso falso que estampa enquanto a tua alma chora

    Hoje a tarde desceu encardida
    Mas não era só o frio e as nuvens ao léu
    Era uma angústia na alma, derretida
    Como se o futuro descortinasse o véu
    De mais uma fracassada investida
    A natureza e o tempo, se uniu o gosto do fel
    Regurgitando durante toda a vida
    A falta de certezas e o amor me fazendo réu

    Essa imponente senhora linear e temporal
    Traz chagas de outrora em cicatriz factual
    Nem tudo sua luz deflora, os homens expõe no varal
    Distorções de Pandora e o meigo varão seminal

    E agora tudo urge pelo novo
    Mas não há desespero por novidade
    Com antigas canções ainda me comovo
    E mesmo elas não comportam a realidade
    A paciência, que sempre foi um estorvo
    Agora me envolveu, trazendo serenidade
    A pressa e o desespero, que eu tanto louvo
    Não passam de mera e boba vaidade


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