Corrente

Tiraram nossa voz
E falaram que quem cala consente
Cortaram nossas asas
Disseram que não fomos feitas pra voar

Eu me pergunto
Onde vamos parar?
Onde vamos chegar?
E eles vão parar algum dia
De nos matar?

Tem um veneno
Que corre nas minhas veias
Ele sussura no meu ouvido
Ele fala pra mim o que eu não devo ouvir
Ir embora é difícil
Mas ficar tambem é
Então quebra a corrente
E corre o mais rápido que der

As palavras fogem de mim
Talvez eu não tenha o direito de usá-las
Sempre parece que eu estou
Dizendo a mesma coisa sem parar

Não sigo regras
De métrica, melodia, ritmo e rima
Tudo é assim misturado
Igual na minha cabeça
E algo em mim pergunta
Que direito essa menina tem de estar aí?
Que direito essa menina tem de estar aí?

Tem um veneno
Que corre nas minhas veias
Ele sussura no meu ouvido
Ele fala pra mim o que eu não devo ouvir
Ir embora é difícil
Mas ficar tambem é
Então quebra a corrente
E corre o mais rápido que der

Vou correr pra bem longe daqui
Ninguém vai me seguir
Vou correr pra bem longe daqui
Sem olhar pra trás
Fugir dessa voz
Que diz que eu não posso ter ideias
(Que direito essa menina tem de estar aí?)
Sair do molde de princesa
(Que direito essa menina tem de estar aí?)
Calada
(Que direito essa menina tem de estar aí?)

Tem um veneno
Que corre nas minhas veias
Ele sussura no meu ouvido
Ele fala pra mim o que eu não devo ouvir
Ir embora é difícil
Mas ficar também é
Então quebra a corrente
Corre o mais rápido que der
Corre o mais rápido que der
Corre o mais rápido que der