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Novo Dia

Glau Piva

A brisa sopra entre os pedaços do amanhecer
Fustiga as folhas murmurantes do arvoredo insosso
Morde o rosto da menina preparando o almoço
Dobra os corpos que vagueiam na pele e no osso
Procurando a madrugada que já se escondeu

Se os edifícios riscam fósforos na névoa fria
A luz do dia não penetra dentro dos casebres
Nas entranhas se transforma entre gritos e febres
Na calçada a meninada pulam como lebres
Ensaiando novos passos prá mesma cantiga

A brisa sopra um ar gelado que dói como íngua
Mas o sabor do café quente nos entrava a língua
E das cortinas desbotadas do ninho do abutre
Vejo o âmago do sonho que a todos nutre
É um gigante embriagado que caiu do céu

E quando enfim penso sentir que tudo isso termina
E existe um sol que vai nascer de dentro da neblina
Os pensamentos se despencam num poço profundo
A campainha me arrebata o sono vagabundo
É na poesia que se perde que se mede o mundo

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