VINYL

Tinta azul sendo derramada em telas em branco
Chuva de pranto rasgando o céu, me enchendo de canto
E eu que só queria te pôr de lado, fui deixado à saudade
Comédia divina ou desastre?! Qual é o valor desse conto?!

Me arranhou
Como um disco de vinyl
Fez ecoar
Meu canto e o tornou vil

Agora as flores sem graça
Brotam no meu jardim
E até que renasçam as pétalas
As cores dão lugar ao cinza

Meu mundo tá fechado pra visitação
Não dou lugar ao pódio para a solidão
Te dei tanto carinho que entrei pra facção (facção carinhosa)
Fiz festa como Baco dando trago em ilusão

Desastre ou comédia divina
Divisão do meu eu em rolê
Divisão da minha dopamina
Aprendi a ser só com você

Hoje toco em almas
Que tocam nas telas
Que tocam saudade
Que tocaram belas cores

Amores que passaram
Ficarão como experiência
De risos e dores

Hoje as almas que toco
Trocam olhares
Torcem pra não serem amores fugazes

Mas tocam meu disco do lado errado
(Tocam) do lado que tá arranh
Que tá arranhado

No peito dos desafinados tem um disco de Vinyl
E eu nem canto tão bem assim
No peito toca Sozinho
Ofereci uma mix de carinho e tesão e ela

Me arranhou
Como um disco de vinyl
Fez ecoar
Gemidos nesse meu vazio

Agora as flores sem graça
Brotam no meu jardim
E até que renasçam as pétalas
As cores dão lugar ao cinza

Tela vazia do smartphone
Quadros em branco com pingos alone
Sente vazios lembrando de ontem
Rio Branco seco caindo na ponte

Tela vazia do smartphone
Notas em branco com pingos alone
Sente vazios lembrando de ontem
Rio Branco azul caindo na ponte