395px

Encontro

Guccini Francesco

Incontro

E correndo mi incontrò lungo le scale, quasi nulla mi sembrò cambiato in lei,
la tristezza poi ci avvolse come miele per il tempo scivolato su noi due.
Il sole che calava già rosseggiava la città
già nostra e ora straniera e incredibile e fredda:
come un istante "deja vu", ombra della gioventù, ci circondava la nebbia...

Auto ferme ci guardavano in silenzio, vecchi muri proponevan nuovi eroi,
dieci anni da narrare l'uno all' altro, ma le frasi rimanevan dentro in noi:
"cosa fai ora? Ti ricordi? Eran belli i nostri tempi,
ti ho scritto è un anno, mi han detto che eri ancor via".
E poi la cena a casa sua, la mia nuova cortesia, stoviglie color nostalgia...

E le frasi, quasi fossimo due vecchi, rincorrevan solo il tempo dietro a noi,
per la prima volta vidi quegli specchi, capii i quadri, i soprammobili ed i suoi.
I nostri miti morti ormai, la scoperta di Hemingway,
il sentirsi nuovi, le cose sognate e ora viste:
la mia America e la sua diventate nella via la nostra città tanto triste...

Carte e vento volan via nella stazione, freddo e luci accesi forse per noi lì
ed infine, in breve, la sua situazione uguale quasi a tanti nostri films:
come in un libro scritto male, lui s' era ucciso per Natale,
ma il triste racconto sembrava assorbito dal buio:
povera amica che narravi dieci anni in poche frasi ed io i miei in un solo saluto...

E pensavo dondolato dal vagone "cara amica il tempo prende il tempo dà...
noi corriamo sempre in una direzione, ma qual sia e che senso abbia chi lo sa...
restano i sogni senza tempo, le impressioni di un momento,
le luci nel buio di case intraviste da un treno:
siamo qualcosa che non resta, frasi vuote nella testa e il cuore di simboli pieno..."

Encontro

E correndo, ela me encontrou pelas escadas, quase nada parecia ter mudado nela,
a tristeza então nos envolveu como mel pelo tempo que escorregou sobre nós dois.
O sol que se punha já avermelhava a cidade
que já era nossa e agora estranha e incrível e fria:
como um instante de "deja vu", sombra da juventude, a névoa nos cercava...

Carros parados nos observavam em silêncio, velhos muros propunham novos heróis,
deze anos para contar um ao outro, mas as frases ficavam dentro de nós:
"o que você faz agora? Lembra-se? Nossos tempos eram bons,
eu te escrevi há um ano, me disseram que você ainda estava fora".
E depois o jantar na casa dela, minha nova cortesia, louças coloridas de nostalgia...

E as frases, quase como se fôssemos dois velhos, apenas corriam atrás do tempo que passou,
pela primeira vez vi aqueles espelhos, entendi os quadros, os enfeites e os dela.
Nossos mitos já mortos, a descoberta de Hemingway,
se sentir novo, as coisas sonhadas e agora vistas:
minha América e a dela se tornaram na rua a nossa cidade tão triste...

Papéis e vento voam na estação, frio e luzes acesas talvez para nós ali
e, por fim, em breve, a situação dela igual a tantos de nossos filmes:
como em um livro mal escrito, ele se matou no Natal,
mas a triste história parecia absorvida pela escuridão:
pobre amiga que contava dez anos em poucas frases e eu os meus em um só cumprimento...

E pensava balançado pelo vagão "cara amiga, o tempo leva e o tempo dá...
nós corremos sempre em uma direção, mas qual é e que sentido tem, quem sabe...
ficam os sonhos sem tempo, as impressões de um momento,
as luzes na escuridão de casas vislumbradas de um trem:
somos algo que não permanece, frases vazias na cabeça e o coração cheio de símbolos...

Composição: