Anclao In Paris

Ancorado em Paris

Anclao In Paris

Tirando pela vida de errante boêmioTirao por la vida de errante bohemio
estou, Buenos Aires, ancorado em Paris;estoy, Buenos Aires, anclao en Paris;
marcado por males, cercado de apuros,curtido de males, bandeado de apremios,
te evoco desde este país distante.te evoco desde este lejano pais.

Contemplo a neve que cai suavementeContemplo la nieve que cae blandamente
desde minha janela que dá para o bulevar.desde mi ventana que da al bulevar.
As luzes avermelhadas com tons moribundos,Las luces rojizas con tonos murientes,
parecem pupilas de olhar estranho.parecen pupilas de extraño mirar.

Distante Buenos Aires, como você deve estar linda!Lejano Buenos Aires, !que lindo que has de estar!
Já fazem quase dez anos que te deixei.Ya van para diez años que me viste zarpar.
Aqui, neste Montmartre, subúrbio sentimental,Aqui, en este Montmartre, faubourg sentimental,
eu sinto que a lembrança me crava seu punhal.yo siento que el recuerdo me clava su puñal.

Como deve ter mudado sua rua Corrientes!!Como habra cambiado tu calle Corrientes!
Suipacha, Esmeralda, seu mesmo arrabalde!!Suipacha, Esmeralda, tu mismo arrabal!
Alguém me contou que você está florescendoAlguien me ha contado que estas floreciente
e um jogo de ruas se dá em diagonal.y un juego de calles se da en diagonal.

Você não sabe a vontade que tenho de te ver!!No sabes las ganas que tengo de verte!
Aqui estou parado, sem grana e sem fé.Aqui estoy parado, sin plata y sin fe.
Quem sabe uma noite a morte me pegue!Quien sabe una noche me encane la muerte
e... tchau, Buenos Aires, não te volto a ver!y... chau, Buenos Aires, no te vuelva a ver!