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Razões de Mim (part. Luciano Maia)

Gujo Teixeira

Letra

    Eu trago a bombacha puída
    De tempos e espinhos
    E, as botas, marcadas pra sempre
    Do suor dos cavalos
    No meu aba larga há poeira
    De antigos caminhos
    E o meu tirador conta os riscos
    De golpes e de pealos

    Eu tenho as mãos calejadas
    De rédeas e cernos
    E as pernas cambotas
    Moldadas ao corpo do basto
    A pele curtida das tardes
    De guapos invernos
    E, os olhos, de um brilho tamanho
    Embora já gasto

    Eu trago na alma uma gana
    Que topa de fronte
    E, no coração, as saudades
    Que sempre guardei
    No meu pensamento
    Miradas de mil horizontes
    Lembranças de um tempo passado
    Que nunca passei

    Eu tenho na voz um aboio
    De largas tropeadas
    Que ouço de longe
    Um chamado de venha!
    Eu provo hoje o gosto
    De um mate com água jujada
    Benzendo um assado
    Que pinga na brasa da lenha

    Eu trago da terra as lições
    Que ninguém mais ensina
    Do vento, conheço os segredos
    Que não vai mais contar
    No fogo ainda queimo verdades
    Por quem não opina
    Que nem o aguaceiro mais forte
    Consegue apagar

    Por isso que vivo na alma
    E no corpo me vejo
    Pilchado de campo e genuíno
    Qual nobre elemento
    Aguço os sentidos que tenho
    Tal qual meu desejo
    Pois sei da razão que me dá
    E me tira o sustento


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