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A Parábola do Menor

Gustavo H. Pinheiro

Letra

    Vida ou morte, uma decisão
    Pois, se vive uma vez, qual vai ser?
    Deus quer hoje, o seu coração
    Vida nova Ele tem pra você

    Essa história se passou num bairro pequeno e pobre
    O barraco de madeira, mas felicidade nobre
    Numa rua na esquina tinha uma igrejinha
    Onde os irmãos orava e ali o fogo caía

    E uma irmãzinha, parte da membresia
    Feliz com seu esposo, se casaram há três dias
    E um desejo frutificou em seu coração
    Ela queria um filho, pedia a Deus em oração

    E um pedido respondido se resulta em um menino
    Com saúde e forte, como Deus havia prometido
    Uma família humilde, sem muitas condições
    Mas felicidade não faltava em seus corações

    O menino foi crescendo nos caminhos do Senhor
    Com sete anos na igreja já tocava no louvor
    Com dez anos, todo dia lia a bíblia com seus pais
    E com doze ele desceu pelas águas batismais

    Tava tudo tão perfeito, tava tudo tão daora
    Até se envolver com gente errada na escola
    O menino obediente, agora negligente
    Passou a enxergar esse mundão diferente

    Os pais observavam o mau comportamento
    Perguntavam a Deus: Aonde fomos desatentos?
    O sono não vinha só de pensar no incidente
    Dentro da sua mochila encontraram entorpecentes

    Se desviou com treze, sua mãe desesperada
    Depois de alguns meses já ripava na quebrada
    Passava fome em casa e tinha dificuldades
    Pensava que o crime era só tirar vantagens

    Se iludiu no Nike Shox nas novinha e nos plaquê
    Achando que o mundo era igual na TV
    Moleque iludido, não tinha medo de nada
    Quando completou quatorze só andava de mão armada

    Vida ou morte, uma decisão
    Pois, se vive uma vez, qual vai ser?
    Deus quer hoje, o seu coração
    Vida nova Ele tem, pra você

    Vida ou morte, uma decisão
    Pois, se vive uma vez, qual vai ser?
    Deus quer hoje, o seu coração
    Vida nova Ele tem, pra você

    Completou quinze anos já montado na CG
    Baile funk, as bebidas e os role com narguilé
    Sempre em busca de mais, só se afundando mais
    Moleque peitava o mundo e de tudo era capaz

    Seus pais não desistiam, mesmo sendo difícil
    Pediam pra que Deus o tirasse do precipício
    Sempre davam conselhos pra ele voltar pra igreja
    Sabiam que o inimigo não estava de brincadeira

    Aí um certo dia seu celular tocou
    Um parceiro da quebrada do outro lado falou
    Aí, mano, tudo certo? Preciso falar contigo
    Mas aê, é no sigilo, meu mano, cê tá sozinho?

    E logo respondeu: Pode falar, meu parceiro
    E o mano falou que tava precisando de um dinheiro
    Que tinha uma fita pros dois elaborar
    Uma casa de um rico que acabou de se mudar

    O moleque aceitou, na cinta uma vinte e dois
    Montaram numa Hilux e ali partiu os dois
    Chegaram no destino, prontos pra achar alguém
    Quando entraram já fizeram a família de refém

    Um casal de coroa e uma pá de criançada
    Que choravam sem parar com a mente desesperada
    Foi quando os vizinhos ouviram o movimento
    Ligaram pra polícia e ali ficaram bem atentos

    Tavam roubando tudo e colocando na cabine
    Joias que valiam mais de um milhão na vitrine
    Tava tudo dando certo nessa fita milionária
    Até chegar a polícia e tomar conta da área

    O plano ia dar ruim, para sair não tinha jeito
    O menor tentou confronto e tomou tiro no peito
    O maior foi detido condenado a dez anos
    E mais uma vez se vai uma vida com quinze anos


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