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Letra

    Por favor, meu Colorado, não me faça judiaria
    Que hoje eu tô de pilcha nova pra cantar só pras gurias

    Sentei o xergão de longe para te quieto por prosa
    Vai que meu bagual se assombre e me suje a camisa nova
    Um colete, um pala branco, pede seda a mormaceira
    Bombacha com favo antigo e saiu cara a costureira

    Pego o rumo de um bailado e o trovador junta os tento
    Já tenho ate verso pronto pra extorquir um sentimento
    E se tudo der no jeito, pouco antes de clarear o dia
    Vai ate faltar garupa pra levar tanta guria

    Por favor, meu Colorado, não me vem com querômana
    Que hoje eu tô de pilcha nova pra cantar pra essas tirana

    Bagual de tento na boca, leva cuidado na estrada
    No caminho invento rima, pra levar logo na entrada
    Que a noite pede malicia, e trago elas já de olhar
    Se não tiver ate que intento que eu to por me baratear

    O soldo foi nas fazenda e deixo a guaiaca vazia
    Mas paga a pena é o intento e o meu vô sempre dizia
    Que pilcha nova e alguns verso, chega se ate covardia
    Tem que andar só de carreta pra carregar essas guria

    Por favor, meu Colorado, frouxa as pata e não me irrita
    Que hoje eu tô de pilcha nova pra cantar pras chimarrita

    Só falta o banhado aquele que encheu na lua passada
    O bagual pisa com nojo, Colorado não é pra aguada
    Faco rumo junto a cerca cuidando das pilcha branca
    E o pinho sonando as corda, dando de encontro com as anca

    Livra o barro, cola torta, que se atola ate as viria
    Mesmo que te erga do bico, pode me faltar forquilha
    E ate o tinir das espora, chora no tom que eu queria
    Nem que eu chegue nos cangalho eu vou cantar pra essas guria

    Por favor meu Colorado não mete as pata nas toca
    Que hoje eu to de pilcha nova pra cantar pra essas chinoca

    Pode avisar o gaiteiro que ta no jeito o cantor
    Não me vale as judiaria, sou barato sim senhor
    Por isso fronte do rancho meu verso já se emperfila
    Pensando em cantar pras prenda que formam junto das fila

    Mas enquanto abria o peito lá onde a esperança empeça
    Não é que a guitarra escapa e do pingo golpeia a peca
    Se blandio e me jogou lejos, bem donde a poca estendia
    Quedo as pilcha uma imundice, vendo o riso das guria

    Por favor, meu Colorado, vamo da voltar na estrada
    Que tu xujo minhas pilcha e eu não vou cantar mais nada


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