A Indentidade

Relação entre amor e autoconhecimento em “A Indentidade”

A música “A Indentidade”, de Gustavo, explora como o amor pode tanto preencher quanto desestabilizar quem o vive. O artista utiliza a expressão “identidade da paixão” para mostrar que amar profundamente pode fazer alguém perder parte de si mesmo. Quando o eu lírico diz “nunca amei ninguém e nunca vou amar”, ele revela uma desilusão intensa, resultado de experiências amorosas que deixaram marcas profundas e dificultam a entrega a novos sentimentos.

As imagens do “cartão estourado” e da “passagem que voou” reforçam a ideia de que o amor, às vezes, tem um custo alto ou pode escapar das mãos, trazendo frustração e sensação de limite. Apesar disso, há espaço para carinho e gratidão, como nos versos “não da pra esquecer minha linda / você que me ajudou / a tudo ficar perfeito”, que mostram a importância da pessoa amada na vida do eu lírico. O trecho “quando a identidade rasgou mas não é assim tenho outra reservada no meu peito” aponta para a esperança de renovação: mesmo após perdas, ainda é possível reconstruir a própria identidade afetiva e se abrir para novas paixões. Assim, a música fala sobre a dor de um amor marcante, mas também sobre a capacidade de recomeçar.