Quién te viera

Quem te viu

Quién te viera

Quem te viu, quem te conhece,Quién te visto, quién te viera,
minha cidade, já sem paz.ciudad mía, ya sin paz.
Entre tantos escombros não há jeitoEntre tantos escombros no hay manera
de encontrar o que você esqueceu.de encontrar lo que olvidás.

Eu não choro pelo que se foiYo no lloro lo perdido
nem pelas glórias que não estão,ni las glorias que no están,
eu te busco nas profundas madrugadasyo te busco en las hondas madrugadas
e nas auroras do seu pão.y en las albas de tu pan.

Há cores que se foramHay colores que se fueron
e outras novas que você mostra,y otros nuevos que mostrás,
criaturas que perderamcriaturas que perdieron
neste inferno tanto afã,en tu infierno tanto afán,
tapas de impiedosa impiedadecachetazos de impúdica impiedad
que na sua selva não pegam.que en tu selva no pegás.

Se sua crueldade me quebrou a cruzSi tu crueldad me partió la cruz
e me arrasou a fé,y me arrasaste la fe,
me cansei de lutar e caída me levantei,me gasté de luchar y caída me alcé,
só não queria me entregar...sin quererme entregar...
porque o amor nos salvaporque nos salva el amor
e entre a névoa uma flory entre la niebla una flor
sempre vai crescer, afinal,crecerá siempre, al fin,
por mim, por você, cidade por Deus.por mí, por vos, ciudad por Dios.

Quem te viu, quem te conhece,Quién te visto, quién te viera,
donde está o que se foi.dónde está lo qué se fue.
Que feroz é a angústia de quem esperaQué feroz es la angustia del que espera
de quem dura sem crescer.del que dura sin crecer.

Eu te busco, fatalmente, e te canto sem dorYo te busco, fatalmente, y te canto sin dolor
com um tango que arranha ternamentecon un tango que araña tiernamente
tuas tempestades de amor...tus relámpagos de amor...