El As de Los Ases (part. Rodolfo Lesica)
La moza más linda
Del barrio orillero
Bonita y con fama
De alegre y coqueta
Que fue la querida
De aquel guitarrero
Matón y biabista
Cantor y poeta
Tristemente evoca
El recuerdo querido
De amores lejanos
Y tiempos fugaces
Es que ella no ignora
Que tuvo un marido
Que fue entre los guapos
El as de los ases
El as porque nunca
En los entreveros
No vieron los taitas
Ponerse amarillo
Se dio todo entero
Y su ágil visteada
Remató en la marca
De su fiel cuchillo
Y cuando cantaba
Más bien parecía
Su canto una airada
Protesta de pena
A la novia mala
Que no lo quería
Y a su madrecita
Viejecita y buena
El destino ingrato
Que no tuvo halago
Para su existencia
Ruin y atravesada
Tradicionalmente
Se creyó un rezago
De gaucho bandido
Perseguido y paria
Por eso en las noches
Templadas de Luna
Pulso si vihuela
Bajo el emparrado
Y en una milonga
Deshojo una a una
La rosa marchita
Del viejo pasado
Por eso la viola
Ya no es en la pieza
Nada más que un mueble
Que adorna lujoso
Su dueño una noche
En gaucha proeza
Cayó bajo
El plomo mortal
De un bufoso
Por eso la moza
Del barrio orillero
Bonita y con fama
De alegre y coqueta
Recuerda a su guapo
Aquel guitarrero
Matón y biabista
Cantor y poeta
O Ás dos Áses (part. Rodolfo Lesica)
A garota mais bonita
Do bairro da beira
Bonita e com fama
De alegre e coquete
Que foi a amada
Daquele guitarrista
Valentão e beberrão
Cantor e poeta
Tristemente evoca
A lembrança querida
De amores distantes
E tempos fugazes
É que ela não ignora
Que teve um marido
Que foi entre os valentões
O ás dos áses
O ás porque nunca
Nos entreveros
Viram os caras
Ficarem amarelos
Ele se deu por inteiro
E sua ágil destreza
Terminou na marca
De sua fiel faca
E quando cantava
Mais parecia
Seu canto uma zangada
Protesta de tristeza
Para a namorada má
Que não o queria
E para sua mãezinha
Velhinha e boa
O destino ingrato
Que não teve agrado
Para sua existência
Vil e atravessada
Tradicionalmente
Foi considerado um resquício
De gaúcho bandido
Perseguido e párea
Por isso nas noites
Tíbias de Lua
Tocava sua viola
Sob a parreira
E em uma milonga
desfolhava uma a uma
A rosa murcha
do velho passado
Por isso a viola
Já não é no quarto
Nada mais que um móvel
Que adorna luxuoso
Seu dono numa noite
Em valente proeza
Caiu sob
O chumbo mortal
de um bufoso
Por isso a garota
Do bairro da beira
Bonita e com fama
De alegre e coquete
Lembra de seu valentão
Aquele guitarrista
Valentão e beberrão
Cantor e poeta
Composição: Esteban Celedonio Flores