Prienda (part. Argentino Ledesma)

Prenda (part. Argentino Ledesma)

Prienda (part. Argentino Ledesma)

Gaúcho tristonGaucho tristón
Cachorro dócil, sulco semeiaPerro manso, surco siembra
Lenha e fogoLeña y fogón
Tropa, rancho, amor e donaTropa, rancho, amor y dueña

Um vento atrozUn viento atroz
Uma sombra, noite ferozUna sombra, noche fiera
E junto a Deus, meu coraçãoY junto a Dios, mí corazón
Enquanto minha prendaMientras mí prienda
Mais tremia em seu sonoMás temblaba en su sopor

Começou a chorarEntró a llorar
Coitadinha, sorte malditaPobrecita, suerte perra
Ajoelhei para rezarMe hinqué a rezar
Eu que nunca havia rezadoYo que nunca había rezado

Quis insistirQuise porfiar
Fui fechando as porteirasFui cerrando las tranqueras
E ao relinchar meu zainoY al relinchar mí zaino
A sombra entrou igualLa sombra igual entró

Descemos a ladeiraFuimos bajando la cuesta
Dois a dois em fila indianaDos y dos en fila india
Quatro mãosCuatro manos
E minha prendaY mi prienda
Dormindo na caixaDormida en la caja
Vestida de brancoDe blanco vestida

Deixamos sua solidãoDejamos su soledad
Junto a um sauzalJunto a un sauzal
Voltamos tristesVolvimos tristes
Muito tristesMuy tristes
Sem falarSin hablar

DepoisDespués
Mato e ruínaYuyal y tapera
Destino de pegadasDestino de huella
De ir e virDe andar y dé andar

Não tenho maisNo tengo ya
Cachorro dócil, sulco, sementePerro manso, surco, siembra
Não tenho maisNo tengo ya
Tropa, ranchoTropa, rancho
Amor nem prendaAmor ni prienda

Seguindo vouAndando voy
E ao saber que vou sem elaY al saber qué voy sin ella
Em meu rancor, puxo a facaEn mí rencor, saco el facón
Para partir de uma vezPara partirme de una vez
O coraçãoEl corazón

Ouço uma vozOigo una voz
É minha prendaEs mí prienda
São seus pedidosSon sus ruegos
É sua visãoEs su visión
Que se aproxima correndoQue se acerca a mí corriendo
Tremo de horrorTiemblo en mí horror
Jogo a faca no chãoMi facón arrojo al suelo
Meus olhos ficam cegosMis ojos quedan ciegos
Minha prenda não está maisMi prienda yá no está