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Naquela Época

Heinz Rudolf Kunze

Damals

Damals
als der Pastor noch von Himmel und Hölle erzählte
statt von Raketen und Türken
als wir noch glaubten, daß Kinder durch Küssen entstehen
als der Bundespräsident noch ein Idiot sein durfte
und ihn trotzdem alle mochten
als es samstagabends noch Fred Feuerstein im Fernsehen gab
statt Sesamstraße
und Bockwurst mit Kartoffelsalat zu essen
statt Gyros Pizza und Cevapcici
das waren noch Zeiten

Damals
als wir unseren ersten Fernseher bekamen
und das erste, was wir sahen, war die Kuba-Krise
und meine Eltern krallten sich fest am Nierentisch und flüsterten:
Jetzt geht es wieder los
und als ein blinder Nazi die Treppe zu unserer Wohnung
hinaufstolperte und nächtelang auf die Russen fluchte -
er hatte den Wiederaufbau niemals mit eigenen Augen gesehen und
glaubte, Deutschland sähe immer noch so aus wie nach dem Bombenkrieg -
und als unser Nachbar noch lebte, der Dolmetscher gewesen war
bei Massenerschießungen in Rußland
der niemals ausging und ausgerechnet bei den
Gaswerken arbeitete
das waren noch Zeiten

Und heute?
Kanzler und Präsident treiben eine Generation in die Droge,
und ihre Gattinnen gründen anschließend Komitees,
um sie wieder davon runter zu holen.
Dann kriegen die Verantwortlichen Krebs
und unangenehmen Besuch:
Kriegsverbrecher, die man nicht so ohne weiteres verurteilen kann,
weil sie zuviel wissen. Nicht von damals - ... heute.

Naquela Época

Naquela época
quando o pastor ainda falava de céu e inferno
em vez de foguetes e turcos
quando ainda acreditávamos que crianças surgiam de beijos
quando o presidente ainda podia ser um idiota
e mesmo assim todo mundo gostava dele
quando ainda passavam Fred Flintstone na TV aos sábados à noite
em vez de Vila Sésamo
e comer salsicha com salada de batata
em vez de pizza de gyros e cevapcici
eram bons tempos

Naquela época
quando ganhamos nossa primeira TV
e a primeira coisa que vimos foi a crise de Cuba
e meus pais se agarraram na mesa de rim e sussurraram:
Agora vai começar de novo
e quando um nazista cego tropeçou na escada do nosso apartamento
e passou noites xingando os russos -
ele nunca tinha visto a reconstrução com seus próprios olhos e
achava que a Alemanha ainda parecia como depois da guerra dos bombardeios -
e quando nosso vizinho ainda estava vivo, que tinha sido intérprete
em execuções em massa na Rússia
que nunca saía e trabalhava justamente na
usina de gás
eram bons tempos

E hoje?
Chanceler e presidente empurram uma geração para as drogas,
e suas esposas formam comitês depois
e para tirá-los dessa.
Então os responsáveis pegam câncer
e visitas indesejadas:
Criminosos de guerra que não podem ser condenados assim tão facilmente,
porque sabem demais. Não de antes - ... hoje.

Composição: Heinz Rudolf Kunze