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Os Que Me Passam

Helmo de Freitas

Letra

    De fronte a casa que moro na cidade
    Plantei um pé de guabiju e erva-mate
    Naquela sombra sinto amargura e saudade
    Quando mateio pela manhã e pela tarde

    Lá que outra vez me passa um camponês
    Levanto a cuia, grito: chega adelante!
    Um dedo de prosa me deixa mui contente
    Com os que lidam com gado, terra e semente

    E ao despedir lhe desejo boa sorte
    Peço que volte ao apertar sua mão forte
    Sinto o calo arranhando que nem brote
    Que sai das cinzas de um toco depois da morte

    Não há o que faça um miserável que me passa
    Ao mendigar com samburavas vazio na mão
    Passos lentos, olhos pregados no chão
    Virando lixo atrás de um pedaço de pão

    São momentos que me enchem de emoção
    De um cidadão nem vê perde a razão
    Os que ficam se despedem dos que vão
    Só Deus sabe dos que partem se voltaram

    Descamisados pobres a vagar em vão
    Os pés no chão com suspeita de ladrão
    Muitos juraram a bandeira da nação
    Foram recrutas pracinhas de um batalhão

    Composição: Helmo De Freitas / Nino Rodrigues. Essa informação está errada? Nos avise.

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