395px

Nu no Vento

Herbert Grönemeyer

Nackt im Wind

nur einpaar breitengrade tiefer,
paar längengrade,
dann nach links,
stößt unsere phantasie an grenzen,
dort, wo die stummsten schreie sind.

in labyrinthen,
unvorstellbar,
eiskalter höllenlavastrom,
der keine gnade kennt,
nur zuschlägt,
der selten zögert,
nie verschont.

hier fordern sünden unserer ahnen,
unsere stumpfheit ihr tribut.
"keine gefangenen!", die parole,
"hier wird bezahlt mit fleisch und blut!"

nackt im wind,
der brüllt und wütet,
im orkan,
der menschen frißt.
nackt im wind, der planlos tötet,
weil er weiß, daß man ihn schnell vergißt.

gebete an dämonen, götter -
anscheinend interessiert die nicht,
daß unsere abendbrotkulisse
auf karten hofft,
die neu gemischt.

wir werfen münzen hoch und warten,
daß weder zahl, noch krone kommt,
damit auch diesmal keiner schuld hat
und jeder sein gewissen schont.

nur einpaar breitengrade südlich
und dann nach osten weint ein kind.
noch ehe dieses lied hier ausklingt,
verhungert es,
stirbt nackt im wind.

nackt im wind,
der brüllt und wütet,
im orkan,
der menschen frißt.
nackt im wind, der planlos tötet,
weil er weiß, daß man ihn schnell vergißt.

Nu no Vento

só alguns graus mais ao sul,
alguns graus a leste,
aí pra esquerda,
a nossa fantasia esbarra em limites,
ali, onde os gritos mais silenciosos estão.

em labirintos,
inimagináveis,
fluxo de lava gelada do inferno,
que não conhece clemência,
só ataca,
raramente hesita,
jamais perdoa.

aqui os pecados dos nossos ancestrais cobram,
a nossa insensibilidade seu tributo.
"sem prisioneiros!", a senha,
"aqui se paga com carne e sangue!"

nu no vento,
que ruge e se enfurece,
em um furacão,
que devora pessoas.
nu no vento, que mata sem plano,
porque sabe que logo o esquecem.

orações a demônios, deuses -
aparentemente, não se importam,
que nosso cenário do jantar
espera por cartas,
que foram reembaralhadas.

jogamos moedas para o alto e esperamos,
que nem número, nem coroa apareça,
para que mais uma vez ninguém tenha culpa
e cada um possa manter sua consciência limpa.

só alguns graus mais ao sul
e então para o leste chora uma criança.
antes que essa canção aqui acabe,
ela morre de fome,
morre nu no vento.

nu no vento,
que ruge e se enfurece,
em um furacão,
que devora pessoas.
nu no vento, que mata sem plano,
porque sabe que logo o esquecem.

Composição: