Partir, Andar

A Jornada da Liberdade em 'Partir, Andar' de Herbert Vianna

A música 'Partir, Andar' de Herbert Vianna aborda a temática da liberdade e da busca por novos começos. A letra inicia com a chegada de um momento muito esperado, simbolizado pela 'velha hora tão sonhada'. Esse momento é associado à noite e à madrugada, sugerindo um período de introspecção e preparação para a mudança. A estrela que anuncia o fim pode ser vista como um sinal de esperança e de novos horizontes, enquanto o mar e a calçada representam a vastidão e a simplicidade do caminho a ser trilhado.

A ideia de partir e andar é reforçada pela ausência de amarras, sejam elas materiais como dinheiro e grades, ou emocionais como palavras. A alvorada, que não pode ser detida, simboliza a inevitabilidade do novo dia e das novas oportunidades. O bilhete sobre a mesa e o pé na estrada são metáforas para a decisão de seguir em frente, deixando para trás mentiras e incertezas. A repetição da palavra 'faltava' enfatiza a sensação de incompletude que agora é superada, pois 'já não falta nada'.

No final, a letra revela um tom de arrependimento e reflexão pessoal. O eu lírico admite que não quis fazer o outro infeliz, mas reconhece que, talvez por não querer, acabou causando dor. Essa ambiguidade emocional adiciona uma camada de complexidade à música, mostrando que a jornada de partir e andar não é apenas física, mas também emocional e introspectiva. A música, portanto, é uma ode à liberdade, ao autoconhecimento e à coragem de seguir novos caminhos, mesmo quando isso envolve deixar para trás partes importantes do passado.