Máquina do Tempo (part. VMZ)

Dor, esperança e superação em "Máquina do Tempo (part. VMZ)"

Em "Máquina do Tempo (part. VMZ)", Hiosaki e VMZ abordam de forma direta e sensível o desejo de apagar não só erros do passado, mas a própria existência, como mostram nos versos: “Eu queria ter uma máquina do tempo / Pra voltar pra quando eu não era nascido”. Esse desejo de recomeço total revela o peso do arrependimento e da dor emocional que permeiam toda a música. O título funciona como uma metáfora para a vontade de fugir das consequências do passado e das marcas profundas deixadas por experiências dolorosas, um tema que se conecta ao contexto digital de autorreflexão e busca por uma nova chance.

A letra trata abertamente de questões de saúde mental, incluindo pensamentos suicidas e sentimentos de inadequação, evidentes em trechos como “Tem dias que tento tirar minha vida” e “Juro que eu não pedi pra nascer / Agora hoje em dia peço pra morrer”. O agradecimento aos pais, seguido da frase “O problema sou eu / Onde é o meu lugar”, mostra a luta interna por aceitação e pertencimento. O refrão “Me tire dessa forca / Antes que essa corda esgote todas as minhas forças” simboliza o pedido de ajuda diante do esgotamento emocional. A canção é um desabafo sobre solidão, angústia e o peso de dores antigas, transmitindo honestidade e vulnerabilidade.

Apesar do tom sombrio, a música termina com uma mensagem de esperança, quando vozes angelicais dizem: “Anjos gritam: Não se vá / Anjos falam: Eu te quero aqui / Você vale ouro pra mim”. Esse trecho sugere que, mesmo nos momentos mais difíceis, existe um apelo à valorização da vida e à importância de buscar apoio, reforçando que cada pessoa tem valor, mesmo quando não consegue enxergar isso sozinha.