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Á Porta

Hipnod

Letra

    Tentei manter o meu respeito por este bloco de som onde eu hiberno
    Sofrer calado e ver primeiro, sábio nos blocos e nos cadernos
    Eu vi na vida muita treta, mas preferi ficar eterno
    O que vês à porta do café, eu vejo na porta do inferno
    Eu vi
    Exemplos que não se orgulham, desde novo, que me mantive firme
    Graças à Deusa que eu trago e a Fé que ainda tá comigo
    Onde tu vês filmes eu vejo fases brother
    Diz me o que tu trazes
    A rua, serve para aprender
    Mas fica a manter os rapazes
    E tu não sais

    Mas é quando tu sais que não sabes se voltas mais
    Não conhecem o chão que pisam
    Ainda perguntam para onde vais
    Então
    Porque é quando tu sais que não sabes se voltas mais
    Não conhecem
    O chão que pisam
    Ainda perguntam
    Para onde vais

    Qual é coisa, qual é ela, que nunca devia ter comprado?
    O meu destino vale quanto?
    Dá me em trocado
    Equilibro as leis com as regras do meu ser
    Encontro um ponto de equilíbrio
    Onde eu sei estar
    Mas não consigo permanecer
    Na cabeça tenho a fórmula que eles não querem entender
    Espreitam pela fechadura, para ver no que isto vai dar
    Até provar o meu valor
    Mandar foder o Mundo
    Pensarem que eu tou confuso
    Enquanto eu vim para conquistar
    Por isso eu saio
    E é quando eu volto a casa, à pressa
    Cansado no quarto que ainda me falta uma peça
    Nesta peça de teatro onde me perguntam para onde vou
    Mas isso não interessa se não esquecer quem sou

    Mas é quando tu sais que não sabes se voltas mais
    Não conhecem o chão que pisam
    Ainda perguntam para onde vais
    Então
    Porque é quando tu sais que não sabes se voltas mais
    Não conhecem
    O chão que pisam
    Ainda perguntam
    Para onde vais

    Minha Deusa diz Tu não ajudas
    Fraqueza a minha por brincar
    Ou marcar o meu nome nas ruas
    Disseram para dar orgulho
    Não fazer como a quem saio
    Entrar no prédio sem barulho
    Sair do tédio quando cai
    Passar a vida no bagaço

    Olhar p'ra trás não ver ninguém
    Isto não é só criar o laço
    Família é para tratá-la bem
    Desta fala eu sou refém
    Não existo à pala de quem?
    Existe o que vou fazer agora
    O que fica cá se eu for alguém
    Saio por vários motivos
    Nada é feito ao acaso

    Se eu 'tou vivo
    Eu 'tou firme
    Se eu 'tou vivo
    Então sou livre, no meu espaço
    Seduz-me a luz ao horizonte
    Então eu corro antes que fique tarde
    E se a minha vida é tocar nos outros
    Então que seja uma obra de arte
    Por isso eu saio

    E se algum dia eu não voltar
    Juntem tudo aquilo que eu fiz
    Espero que vos vá ajudar
    Tentem não escrever a giz
    Para nunca se vir a apagar
    Mas se um dia eu não voltar
    Não foi porque eu quis

    Mas é quando tu sais que não sabes se voltas mais
    Não conhecem o chão que pisam
    Ainda perguntam para onde vais
    Então
    Mas é quando tu sais que não sabes se voltas mais
    Não conhecem o chão que pisam

    Ainda perguntam para onde vais
    Então
    Porque é quando tu sais que não sabes se voltas mais
    Não conhecem
    O chão que pisam
    Ainda perguntam
    Para onde vais


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