Idiota

Idiota

Idiota

É inútil, não vale a pena
Es inútil, no vale la pena
No inverno o sol não aquece
En invierno el sol no calineta
Mas sim que se congela
Sino que se congela
E cai a pedaços sobre mim
Y cae a trozos sobre mi
E me racha a alma
Y me raja el alma

Que a grito mudo se queixa
Que a grito mudo se queja
Toneladas de tristeza
Toneladas de tristeza
Meu saco de cimento
Mi mochila de cemento
E minha cabeça que não para de pensar em você
Y mi cabeza que no para de pensarte
E como pensa!
Y ¡cómo pesas!

Se não quer me escutar, caminhe
Si no quieres escuchar, caminaté
Se não quer me ver, pise-me
Si no me quieres mirar, pisamé
Ainda posso ser a calçada onde teu cachorro brinca
Aun puedo ser la acera donde tu perro juega
Ou se aproveite
O aprovechaté

Como uma esmola me entregas
Cómo una limosna me entregas
Instantes de tua presença
Instantes de tu presencia
Que me arranca mil sorrisos cegos
Que me arranca mil sonrisas ciegas
Uma toupeira sei em tua indiferença
Un topo sé en tu indiferencia
Que me mata por dentro
Que me mata dentro.

E esses olhos já não se tropeçam
Y esos ojos ya no se tropiezan
Nem tremem quando estou perto, não
Ni tiemblan cuando estoy cerca, no
Agora bocejam e se vão
Ahora bostezan y se van
Não importa aonde
No importa donde

Se não quer me escutar, caminhe
Si no quieres escuchar, caminaté
Se não quer me ver, pise-me
Si no me quieres mirar, pisamé
Ainda posso ser a vadia que em teu esquecimento geme
Aun puedo ser la perra que en tu olvido cogea
Ou se aproveite
O aprovechaté

Aqui você me vê queimando margaridas aos teus pés
Aquí me ves quemando margaritas a tus pies
Com a língua ardendo
Con la lengua ardiendo
E minha alma à sombra de um cipreste
Y mi alma a la sombra de un ciprés
E você com a sua boca em qualquer bar de coquetéis
Y tú con tu boca en cualquier bar de copas
Presenteando beijos, bebendo a taça
Regalando besos, bebiendo la copa
Não vê minha derrota
No ves mi derrota
Olha, não vê minha derrota
Mira, no ves mi derrota

Seu carinho sai já sem força
Tu cariño sale ya sin fuerza
Como o champanhe na garrafa
Como el cava en la botella
Que leva uma vida aberta
Que lleva una vida abierta
E patético o tenta
Y patético lo intenta
Não jogue, não minta
No juegue, no mienta

Nunca vi um olhar tão vazio
Nunca vi una mirada tan hueca
Tão sem vontade
Tan vacia de ganas
Tão longe quando você se aproxima
Tan lejos cuando te acercas
E ainda você ri quando vê minha tristeza
Y aun te ries cuando te sale mi tristeza

E a vida te dará o que você me dá
Y la vida te dará lo que me das
No barro talvez você me recordará
Desde el barro quizás me recordarás
E se verá mergulhando em suas lamas podres
Y te verás buceando, en tus podridos charcos
E ali você se afogará
Y allí te ahogarás

Aqui você me vê queimando margaridas aos teus pés
Aquí me ves quemando margaritas a tus pies
Com a língua ardendo
Con la lengua ardiendo
E minha alma à sombra de um cipreste
Y mi alma a la sombra de un ciprés
E você com a sua boca em qualquer bar de coquetéis
Y tú con tu boca en cualquier bar de copas
Presenteando beijos, perdendo a roupa
Regalando besos, perdiendo la ropa
Não vê minha derrota
No ves mi derrota

Dói a pena, dói a pena
Duele la pena, duele la pena
Me mata o veneno dessa viúva negra
Me mata el veneno de esa viuda negra
Dói a pena, dói a pena
Duele la pena, duele la pena
E está me matando essa mulher
Y me está matando esa mujer

Aqui você me vê queimando margaridas aos teus pés
Aquí me ves quemando margaritas a tus pies
Com a língua ardendo
Con la lengua ardiendo
E minha alma à sombra de um cipreste
Y mi alma a la sombra de un ciprés
E você com a sua boca em qualquer bar de coquetéis
Y tú con tu boca en un bar de copas
Presenteando beijos, perdendo a roupa
Regalando besos, perdiendo la ropa
Não vê minha derrota
No ves mi derrota
Idiota, não vê minha derrota
Idiota, no ves mi derrota
Idiota
Idiota