Soy Chaco nomas

Eu sou Chaco Nomas

Soy Chaco nomas

Eu sou o apito selvagem de algum cardeal
Soy el silbo agreste de algún cardenal
A lua operária que vem à luz
La Luna labriega que sale a alumbrar
Eu sou a montanha virgem que espera
Soy el monte virgen que esperando está
A mão do homem que faz pão
La mano del hombre que lo vuelva pan

Eu sou o golpe seco, do machado ao cair
Soy el golpe seco, del hacha al caer
Isso vibra e se forma depois de morder
Que vibra y se cimbra después de morder
Eu sou o curvo do tronco derrotado
Soy la curuvica del tronco vencido
E o sal derramou do suor perdido
Y la sal vertida del sudor perdido

Se você não me conhece, eu te convido a vir
Si no me conoces, te invito a venir
E você vai ver que nunca vai me esquecer
Y verás que nunca me habrás de olvidar
O sol vai te queimar, o norte vai bater em você
Te quemará el Sol, te golpeará el norte
Você saberá então, eu sou apenas chaco!
¡Sabrás entonces, soy chaco nomás!

Eu sou a espuma branca do algodão
Soy la blanca espuma, del algodonal
E o vento norte que tem que pentear
Y el viento norte que lo ha de peinar
Estou triste, cortado sob o sol ardente
Soy triste picada bajo el Sol ardiente
Onde a iguana corre para correr
Por donde la iguana sale a corretear

Eu sou um goblin leprechaun, de alguma cachape
Soy duende siestero, de algún cachapé
Que hoje dorme seu sonho de não trazer
Que hoy duerme su sueño de no trajinar
Porque já cansado de arrastar o tronco
Porque ya cansado de arrastrar su tronco
Ele procurou o ferro para descansar
Buscó la planchada para descansar